Acabamos de viver três dias intensos de Lollapalooza Brasil 2018! Ah, quatro se contarmos com o Ônix Day, que aconteceu na quinta-feira! Ainda estamos com a memória bem fresca e com o corpo ainda dolorido de tanto andar pelo Autódromo de Interlagos! A nossa média de caminhada era de 20 km por dia, em geral transitando pelos palcos Budweiser, Ônix, Axe e Perrys by Doritos.
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Depois de toda essa experiência, vamos listar quais são os acertos e o que acreditamos que precisa ser melhorado na edição do Lollapalooza Brasil 2018:
Acertos:
Entradas organizadas
Essa foi a maior edição do Lolla no Brasil, recebendo até 100.000 pessoas por dia. Claro que não é uma tarefa fácil movimentar uma região para transitar tanta gente, mas a organização desse ano pareceu funcionar bem. Havia picos de fila na subida do metrô até o portão 09, mas o processo de entrega de ingressos e revista era rápida (até achamos a revista pouco rigorosa). Os portões 08 e A eram ótimas alternativas, quase sempre sem fila nenhuma.
Palcos Ônix e Axe dividindo quase o mesmo espaço
Ficamos muito felizes quando foi divulgado o mapa do festival e vimos o lugar em que estaria cada palco. principalmente pela aproximação dos palcos Axe e Ônix. Ao conferirmos na prática se essa ideia era boa, gostamos do resultado. Os dois palcos não eram tão próximos, então não havia um conflito entre os dois públicos. Ainda assim, era rápido de andar de um para o outro, o que garantia mais horas assistindo aos shows. Lembrando que as apresentações eram intercaladas, com uma pausa de 5 minutos.
Palco Perrys by Doritos com pista maior
Adoramos também o aumento do espaço do Perrys Stage, que mostrou a força da música eletrônica para o Lolla, já que no último ano teve até superlotação. Dessa vez o tamanho da pista era muito boa e atraiu uma multidão, principalmente para ver os shows do Galantis, Alok, Dj Snake e Hardwell.
Fechamento com The Killers
A sequência de shows do Lolla foi insana. Teve opção para muitos gostos, seja indie rock, hip hop, música eletrônica ou pop. A escolha do line up mostrou que o festival busca atrair cada vez mais pessoas e a escolha dos headliners não foi diferente. Fãs de Red Hot Chili Peppers e Pearl Jam lotaram o palco principal. Mas gostaríamos de destacar a última apresentação do evento, o fechamento do The Killers, que para nós foi o ápice de energia e vibração do público. Brandon Flowers colocou todo mundo pra pular do começo ao fim, com uma chuva de hits! Dava para ver que ele estava com vontade de tocar e essa energia refletiu na pista inteira.
Menos filas dentro do festival
Achamos que como um todo o festival tinha muito menos filas do que no ano passado, que tinha sido motivo de muita reclamação. O sistema de pulseiras cashless parece ter funcionado corretamente, o que agilizou o processo de compra de créditos e de retirada de bebidas. Além disso, vimos banheiros com menos filas e em maior quantidade do que em 2017. É normal que próximo aos palcos e nos horários de pico tudo ficava mais cheio e disputado, mas tinham opções alternativas sem filas para quem quisesse andar um pouco mais.
ChefStage maior
O espaço escolhido para ChefStage desse ano foi no antigo lugar do Perrys, bem maior do que era no ano passado. Mesmo não sendo coberto (por sorte não choveu nos três dias), tinha mais lugares para sentar, mais mesas e mais opções de comida. O preço estava na média do último ano, com lanches e pratos em torno de R$30 - R$35. Encontramos um pouco de filas para comprar créditos por alí, mas em geral funcionou bem o espaço.
Ônix Day: uma experiência a mais
Como falamos no começo do post, na quinta-feira rolou o Ônix Day! Para quem não acompanhou, foi uma promoção da Chevrolet que ofereceu para proprietários do carro Ônix a possibilidade de curtir um dia a mais de Lolla com mais 3 amigos, com os shows do Wiz Khalifa, Liam Gallagher e LCD Soundsystem. Fomos conferir o evento e ficamos impressionadas como estava cheio. A pista estava lotada, mas mesmo assim deu para assistir aos shows com conforto. Para quem era fã das bandas, foi uma ótima opção para já ver a apresentação e ficar com mais tempo livre nos dias de Lolla.
Ativações de marcas proporcionando experiências
Mais uma vez vimos o Lolla repleto de ativações. As marcas tem se esforçado para levar experiência para o público, entretendo de diversas maneiras a galera que quer dar um tempo entre um show e outro. Teve touro mecânico oferecido pela Next, Slackline pelo Axe, além de barbearia, estúdio de piercing e tatuagem e os tradicionais brinquedos kamikaze e roda gigante. Para quem animava encarar uma fila, as opções de ativações eram enormes e muitas delas ainda entregavam um brinde ou uma foto no final!
3 dias de Lollapalooza Brasil 2018 = mais tempo para curtir
Se você é fã de festival como nós, deve também ter adorado essa edição com 3 dias. São tantas coisas para fazer durante o Lolla (passar pela entrada, andar de um palco para outro, assistir aos shows, comer, beber, ir nas ativações, banheiro, etc) que fica dificil fazer tudo em um dia. Portanto ter três dias para isso é muito mais fácil para organizar a agenda. Além de, é claro, ter muito mais atrações para curtir!
Pontos a melhorar:
Volume do som no Palco Ônix
Mesmo sendo nosso palco favorito, ouvimos muitas pessoas reclamando sobre o volume do palco Ônix, Como tinham as caixas de som na frente do palco e depois só mais para o fundo, ficou um espaço grande na plateia que o som chegava muito baixo, não transmitindo a intensidade que cada show merecia.
Preços alto das bebidas
O valor do ingresso para o Lollapalooza Brasil 2018 já tinha um valor salgado, o que deixou muita gente de fora do festival. Além disso, dentro do evento o desembolso ainda era pesado! As bebidas tiveram um aumento de uns 30% versus o último ano! Lata de cerveja por R$13, Água por R$6, Skol Beats por R$15! Nada convidativo para três dias de festival!
Falha do som durante o show de Liniker e os Caramelows
Uma das falhas que mais teve repercussão foi o problema do som durante o show da banda Liniker e os Caramelows. A cantora foi obrigada a interromper a apresentação 15 minutos antes do programado e deixou o palco com lágrimas no rosto. Houve comoção da plateia que contribuiu cantando a música Zero à capela. Sabemos que problemas tecnicos acontecem, mas esse fez com que afetasse diretamente um show tão esperado, tanto pela banda como pelo público.
Pouco espaço para descanso
Considerando todo o tamanho do festival e a quantidade de pessoas, consideramos que a estrutura para descanso espalhada pelo autódromo ainda é insuficiente. Vimos poucas redes e bancos em alguns pontos. Algumas ativações também ofereciam certo conforto, mas pelo número de pessoas que acabavam tendo que sentar/deitar no chão para descansar, achamos que o festival ainda pode melhorar nesse sentido.
Faltou água e wi-fi
O Lolla Brasil ainda precisa aprender com alguns outros festivais sobre oferecer comodidades que chegam a ser praticamente necessidades básicas. Pontos de distribuição de água gratuita e wi-fi são exemplos disso, que fazem a felicidade do público. No caso de água, o festival tinha até proibido a entrada com copos plásticos como era liberado até ano passado, mas o Procon orientou os consumidores de que é um direito nosso e muitas pessoas conseguiram entrar com água.
O balanço geral é que gostamos muito do festival, que é um dos mais completos que acontecem no Brasil! Vimos muitas pessoas saindo com sorriso no rosto e decididas a voltar em 2019!