O que Costa Rica e Moçambique têm de tão especial para André Gazolla?

Bruna AnteroBruna Antero
22/07/2020 11:56

Ele é agenciado pela Plusnetwork, é nome por trás da gravadora e label party Pyramid Waves, já atua como DJ há 11 anos e produz música há 8 anos. Estamos falando de André Gazolla, player bastante conhecido no cenário underground, que já rodou o Brasil com suas apresentações e também cruzou fronteiras com sua música, tocando em países como África do Sul, Bolívia, México e Estados Unidos.

Gazolla sempre quis ser um artista "diferente", fugindo dos padrões e buscando sua própria identidade, para ele, produção musical é visto como arte. Sem se prender a gêneros, já tocou tanto em festas raves como em clubs underground, sempre mantendo seu estilo nos  palcos com muita classe. E foi em meio a turnês internacionais que duas datas ficaram marcadas para sempre na memória: Costa Rica e Moçambique .

Costa Rica

“Foi um país que me recebeu muito bem, tornou-se um dos meus favoritos pra tocar. Fui a primeira atração internacional de um núcleo chamado Electric Animals, hoje um dos maiores do país. Depois de um tempo voltei a tocar lá, desta vez no club Vertigo, ao lado do  Ricardo Farhat, conseguimos um sold out com umas 1500 pessoas”, relembra André Gazolla. 

Mas não foi exatamente por isso que a gig ficou marcada para sempre na lembrança, e sim pelo que aconteceu no After. “Logo depois que a festa acabou, fomos para o after oficial e, do nada, somos surpreendidos por um terremoto, parecia coisa de filme, isso me marcou de  uma maneira boa e ruim ao mesmo tempo [risos]”.

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Moçambique

Além dessa história bastante inusitada, André também não vai esquecer tão fácil da energia e do amor demonstrado pelo público de Moçambique, quando tocou lá pela segunda vez. “Me apresentei em uma cidade chamada Beira, um lugar muito pobre, era difícil encontrar uma rua asfaltada e a chuva devastou a cidade algumas semanas antes, a comunidade perdeu muita coisa e ficou sem energia por quase um mês”, ele conta. 

Mas parece que nada disso existiu quando a música era a protagonista, mesmo debaixo de chuva. “No lugar onde eu toquei, a chuva molhou o CDJ, só tinha uma controladora que nem lia meu pendrive, tive que usar um computador pra tocar, isso nunca tinha acontecido... porém, eu nunca senti uma energia tão forte, as pessoas dançavam como se fosse o último dia da vida delas, me olhavam com um brilho nos olhos, gritavam meu nome, tive que ir com vários seguranças e fiquei horas tirando fotos, foi gratificante e memorável”.

Para André, essa gig serviu para aprender a dar valor a coisas mais simples e mostrou que, no final das contas, o que importa é a conexão verdadeira do DJ com o público. “Eu quero escrever um livro um dia e compartilhar essa e todas as outras histórias que a música já me proporcionou”.

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