Entrevista | Worakls conta da sua relação com o Brasil e a música!

Otávio ApovianOtávio Apovian
02/05/2023 16:27

Ano após ano recebendo mais atenção e construindo uma carreira poderosíssima e sólida, o DJ e produtor francês Worakls é sem sombra de dúvida um dos artistas mais originais da música eletrônica moderna. Vindo de uma família de músicos, Worakls aprendeu a tocar piano aos três anos de idade, estudou num conservatório e agora integra a música erudita às produções eletrônicas, construindo um som absolutamente único e poderoso. Além das apresentações em formato live act nos clubs o francês também tem um show chamado Worakls Orchestra, em que, ao lado de dezenas de músicos, apresenta suas faixas com a orquestra ao vivo. Simplesmente uma experiência inigualável.

Ao mesmo tempo, o Ame Club, casa de Valinhos do grupo Laroc, vem recebendo ano após ano os maiores nomes da música eletrônica mundial, com uma curadoria voltada para as sonoridades melódicas, progressivas, menos comerciais e a cada abertura surpreende o público. Visuais incríveis, produção de palco de tirar o fôlego, movimento de luz, chafarizes, lasers, bolhas de sabão e fumaça são alguns dos elementos que compõem a experiência da pista, mas não menos importante são os artistas que comandam o som.

No dia 29 de Abril, o Ame Club recebeu o francês Worakls, o britânico Cristoph, o argentino Øostil e os brasileiros Binaryh, Pacs e Silvio Soul para uma noite inesquecível de muita sonzeira e melodia. Batemos um papo muito legal com Worakls no Ame Club, em que conta sobre sua intenção com a música, sua relação com o Brasil e mais! Confira:

Depois dessa apresentação memorável, inesquecível e absurda, como estamos hoje, Worakls?

"Muito bem, eu gostei muito! Estou muito feliz porque é minha estreia aqui no Brasil, eu sonhei muito em tocar aqui. Na verdade eu sou um grande fã desse país, da cultura da Bossa Nova, do Samba, de tudo... Sonhei por muito tempo em tocar no Brasil, então sim, estou muito feliz!

Depois dessa aula que você deu, impossível não estar feliz! Eu tenho contato com a sua música há alguns anos, e em 2022 tive a oportunidade de ver o Worakls Orchestra no ADE, e percebi que você sente a música, vibra com o som da mesma forma que um maestro faz. Do seu ponto de vista, como Worakls, o que um maestro representa, qual seu papel?

"Eu não sou um maestro, eu conduzo no meu show, mas não conseguiria conduzir uma peça de Mozart ou Tchaicovsky por exemplo. Mas o papel do maestro é fazer com que todos toquem juntos, na mesma direção e na mesma intenção ao mesmo tempo. Na minha apresentação, na minha visão e na minha música eu tento unir dois mundos. Eu sou um grande fã da música eletrônica, mas ao mesmo tempo eu sinto que às vezes, com tantas máquinas e computadores, falta um pouco de emoção, e encontro isso na música erudita, de orquestra. Ao mesmo, acho que a música erudita por vezes falta muito com força, potência e pegada. É sempre muito redondinha e polida, é claro, tem algumas que são bem "rock n roll", mas na maioria das vezes sinto que é muito suave, então unindo os dois mundos eu consigo chegar num resultado que julgo ser completo.

Pra fechar, queria saber sobre como você está se sentindo aqui no Brasil, como tem sido sua passagem por aqui?

"Meus dias aqui tem sido incríveis! Cheguei há dois dias, fomos no Beco do Batman, que foi incrível! Vim com a minha noiva, então depois daqui vamos passar alguns dias em Ilha Grande, então vai ser demais! Vamos passar apenas um dia no Rio e dois dias na Ilha Grande, então estou muito animado, acho que vão ser dias incríveis! Apesar de pouco tempo, minha experiencia no Brasil tem sido muito boa, e eu já estou pensando em quando voltar, porque já quero muito estar aqui de volta!

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