“Saber se portar, ouvir os mais experientes e se reinventar sempre”, são, para o DJ e produtor paulistano I-GOA alguns dos pontos chave para a evolução profissional. Ao longo de dez anos de carreira musical, já teve diversas grandes oportunidades e momentos inesquecíveis, entre eles, o artista se apresentou nos clubs City Hall e Garage 442, em Barcelona.
Hoje, afastado dos palcos devido à pandemia, I-GOA tem se dedicado principalmente à produção musical e também a compartilhar conhecimento através das redes sociais, transmitindo um pouco do que sabe para quem o acompanha. Hoje, em especial, nós o convidamos para participar da nossa série Viagens pelo Mundo, falando um pouco sobre a sua vivência em Barcelona, que aconteceu em dois momentos: em 2015 e em 2017.
“Eu comecei tocando em São Paulo mesmo, em festas das faculdades Anhembi Morumbi e Mackenzie. Minha primeira oportunidade foi em um evento organizado numa balada da Vila Olímpia, onde se tinha diversos estilos musicais. Em pouco tempo planejei a saída do Brasil para estudar no SAE Barcelona assim que fiquei sabendo dessa oportunidade através dos professores do meu curso na Anhembi Morumbi. Após buscar muitas informações sobre o curso, cidade e trâmites, decidi me jogar e aí as gigs eu mesmo fui atrás quando estava por lá”.
Quando perguntamos se ele notou alguma diferença entre o público brasileiro e o europeu, ele contou: “Acho que a grande diferença é que o público brasileiro tem uma energia diferente dos europeus, mas lá você tem excelentes artistas, festas insanas e tudo que um artista venha necessitar. Mas lembro que na minha gig em especial no City Hall o público curtiu o meu som e dançou do começo ao fim da minha apresentação, uma lembrança que jamais vou esquecer. O mesmo no Garage 442, a gig foi surreal, não sei se é o local ou o público, mas sei que me diverti muito e com certeza essa noite está guardada na memória.“
Sobre as principais lições/aprendizados que I-GOA trouxe consigo ao voltar para o Brasil, ele detalha: “Para mim, minhas principais lições e aprendizados foram mais pelo lado técnico do artista, alguns exemplos de como negociar, como se portar, montagem do set, entre outros. Essas coisas me fizeram aprender e me moldar no artista que sou hoje. Durante esse tempo, tive a oportunidade de estar em contato com diversos produtores e amantes da música eletrônica em festivais, festas e noites memoráveis. Esses artistas e festas serviram como referência para algumas características no desenvolvimento da minha identidade sonora. Não vejo a hora de voltar a tocar, mas hoje em dia tento me concentrar e focar principalmente nas minhas novas músicas e no desenvolvimento do meu live”, finaliza.