Após dois anos de espera, nesse sábado (09), os curitibanos finalmente receberam a 7ª edição do Warung Day Festival, um dos mais renomados eventos de música eletrônica do Sul do Brasil. O festival contou com 3 palcos e uma seleção incrível de 25 artistas, nacionais e internacionais.
E não é à toa que o Warung Day é conhecido como “o melhor dia do ano”, o evento que se iniciou às 11h da manhã e terminou à 1h, teve a seu favor o sol e o maravilhoso espaço do Parque das Pedreiras, trazendo uma experiência de contato com a natureza, sem precisar sair da cidade.
Além de tudo isso, quem já acompanha o festival desde as suas edições anteriores, percebeu que várias mudanças ocorreram esse ano, começando pela substituição do Garden Stage pelo Opera Stage, palco que ficou localizado no famoso cartão postal de Curitiba, a Ópera de Arame. Outra novidade foi o Ingresso Experience, que dava direito a serviços exclusivos, como brunch, coquetéis, after party, transmissão das três pistas, lounge de descanso e várias outras comodidades.
Estrutura
A produção esse ano não mediu esforços para tornar a experiência do público memorável, o evento estava cheio e, apesar de alguns contratempos, os palcos estavam lindos: o Warung Stage parecia ter sido inspirado em castelos asiáticos, já o Pedreira estava com um conceito mais futurista, focado na iluminação, o Ópera era mais simples, mas a composição das luzes com o lugar, deixou o cenário bem elegante.
O festival ainda contava com uma estrutura gastronômica, com nomes como Tasty Salad Shop e AU-AU, além de food trucks, feirinhas, locais de descanso, bar de drinks e claro, espaços decorativos para tirar aquela foto perfeita.
O bar de drinks da pista poderia ser um pouco maior, já que tiveram vários momentos com filas e demora em conseguir fazer os pedidos. É compreensível que coisas assim ocorram em eventos com grande número de pessoas, mas são episódios que acabam atrapalhando a experiência do público.
Line Up
A curadoria do evento buscou transitar entre o House e o Techno, com grandes nomes da cena nacional e internacional. A escolha dos artistas não decepcionou e teve muita música boa do começo ao fim. Os destaques do evento foram: a maravilhosa Due, que deu início à festa no Pedreira Stage, L_cio que contagiou todos com a sua flautinha mágica, a rainha Eli Iwasa que pesou a mão na hora de preparar a pista para o tão esperado Len Faki, Innellea com suas melodias emocionantes e o incrível B2B do maestro Hernan Cattaneo com Nick Warren.
Infelizmente na hora do WhoMadeWho, muitos fãs ficaram de fora pois o Ópera Stage foi fechado por limite máximo da capacidade de público. A ideia do Opera Stage foi boa, mas infelizmente não comporta todo o público de um festival do tamanho do Warung Day, impossibilitando várias pessoas de ver uma das atrações principais, além da fila que se formou para controle de entrada e saída, o que acabou gerando um desconforto para quem precisou esperar para conseguir entrar no palco.
A diversidade de artistas foi um ponto super positivo, com vários nomes femininos no line up, sabemos que ainda têm muitos festivais com a predominância de DJs homens cotados para tocar. Esse é um momento onde as curadorias precisam ter um olhar de inclusão e fortalecer as mulheres, existem artistas extremamente talentosas e elas precisam ser reconhecidas.
Ao final, o festival foi lindo e já estamos esperando ansiosamente para a edição do ano que vem.
por: Luanna Martins Ribeiro
Leia Também: DGTL São Paulo 2022: saiba como foi o esperado retorno do festival.