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10 eventos do ADE 2025 que estão no radar da indústria (e talvez você ainda não tenha mapeado)

Redação We Go Out
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O Amsterdam Dance Event (ADE) não é só onde o mercado se encontra: é onde se desenham tendências, se testam formatos e se medem forças criativas. É aquele momento do ano em que a capital holandesa respira música eletrônica em cada esquina - e não só nas pistas.

Entre 22 e 26 de outubro de 2025, mais de 3.000 artistas e centenas de eventos ocupam Amsterdam, que vai novamente ser o epicentro das conversas e pistas que pautam o próximo ciclo da música eletrônica global. Tem festas, festivais, palestras, workshops e diversas atividades para todos os gostos, mas tem muita coisa fora do óbvio que merece destaque. Aqui vai uma seleção do que promete surpreender:

*Créditos: Divulgação ADE - Brakke Grond_Spotify Artists Masterclass_Jasper ten Tusscher

1. Skepta leva seu selo de house para o Shelter

O lendário nome do grime britânico, Skepta, não vai apenas falar no ADE Pro - ele também comanda a festa do seu selo Mas Tiempo no Shelter. Mistura de credibilidade underground com energia de pista afiada. É mais do que uma festa, é a validação de que o UK sound está expandindo território sem pedir licença.

2. Black Coffee e Klangkuenstler no Ziggo Dome

Do “deep house” com alma sul-africana à pressão industrial do techno alemão: dois shows solo que que mostram como narrativas antagônicas podem coexistir e vão ocupar uma das maiores arenas da cidade.

3. DBN Gogo abre o ADE no Melkweg

Ícone sul-africano do amapiano, DBN Gogo assume o Opening Concert do Melkweg. Groove e frescor para começar os cinco dias no clima certo. O primeiro ato do festival já posiciona o amapiano no centro do mapa europeu. Merece estar em observação: o gênero pode estar deixando de ser “tendência” para virar ativo fixo no booking.

4. 20 anos de Dave Clarke Presents

O “Barão do Techno” celebra duas décadas do seu projeto em evento especial – e quem conhece Dave Clarke sabe que vem coisa intensa e sem concessões. Mais que celebração, é um case de longevidade artística. O inglês prova que curadoria consistente sobrevive a qualquer hype cycle.

5. Knits & Notes: pista + tricô no Volkshotel

Sim, você leu certo. Uma instalação de fibra e som que cresce enquanto as pessoas dançam e tricotam, culminando numa festa com DJs rodeados por makers e fios coloridos. Formato híbrido que une craft culture e clubbing. Além de inusitado, é sintoma do que o público jovem busca: experiências participativas e content-friendly.

6. ZERØBPM: 39,5 horas de ambient e meditação

No Thomaskerk, o DJ e meditador Bruno Sitton (aka “the Mønk”) conduz uma imersão de quase 40 horas, com artistas como Neel e JakoJako. Um respiro zen dentro do caos do ADE.Mostra como o slow listening está ganhando espaço - e valor agregado - no circuito.

7. Tomorrow Comes The Harvest: afrobeat e techno em transe

Projeto criado por Tony Allen e Jeff Mills, agora com o tabla de Prabhu Edouard, mistura improviso, groove e viagens sonoras no Paradiso. Os artistas provam que a fusão de matrizes rítmicas é território de alta experimentação e que o live ainda pode surpreender.

8. Sandra Mujinga transforma o Stedelijk Museum

Skin to Skin apresenta 55 esculturas gigantes ativadas por som. Durante o ADE, a instalação vira sessão de escuta ao vivo - entre arte contemporânea e imersão sonora, trazendo a estética de museu para dentro do diálogo com a pista. Bom termômetro de como arte contemporânea e música eletrônica estão se contaminando mutuamente.

9. Universal Tongue: a dança como língua global

Na De Nieuwe Schatkamer, Anouk Kruithof investiga décadas de dança ao redor do mundo e promove diálogo público sobre como o movimento conecta culturas. Projeto que disseca décadas de dança global e discute como o corpo é mídia. Insight valioso para quem trabalha com performance, visuais e presença de palco.

10. Melkweg Expo com DJs diários

Na exposição Concentrated Motion de Bodil Ouédraogo, moda, imagem, som e identidade se cruzam e todo dia rola um set ao vivo inspirado na mostra. Um espaço em que a arte não é pano de fundo, mas provocação ativa para o set. Excelente exemplo de cross-pollination entre artes visuais e performance musical.

Seja para dançar, meditar, tricotar ou se perder entre esculturas futuristas, o ADE 2025 tem clubes aos montes, mas prova que a música eletrônica vai muito além do club. Quem for, que esteja pronto para explorar, pois o evento reforça que o futuro da música eletrônica está cada vez mais na intersecção: entre gêneros, entre formatos, entre disciplinas. Quem entender isso primeiro, sai na frente e se diverte muito - seja na pista, no estúdio, no palco ou na prancheta do booking.

*Créditos: Divulgação ADE - TheLoft_Overbruggen_LindeDorenbos

*Texto por: Gabriela Loschi

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