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O que é o Clubhouse e como o app pode influenciar a cena da música eletrônica

Bruna Antero
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Você provavelmente foi impactado por alguém nos últimos dias falando sobre Clubhouse, uma nova rede social que de uma hora para a outra virou a queridinha da vez, mesmo já estando em funcionamento desde março de 2020. Um dos motivos para o boom foi a entrada de algumas celebridades e pessoas influentes como Drake e Elon Musk que instigaram o desejo de pessoas do mundo todo participarem desse hype.

Mas o que é o Clubhouse?

Clubhouse é uma rede social baseada em conversas por voz, com diversas salas de bate-papo com temas específicos, que podem ser criadas por qualquer usuário. Nada de texto, nem vídeo são permitidos nas salas e a única foto possível dentro da rede é a do perfil de cada usuário. O limite para ouvintes dentro de uma sala é de 5 mil pessoas simultâneas.

Muitos acabam comparando em um primeiro momento com o famoso (e odiado por muitos) "áudio do Whatsapp", mas o app é muito mais do que isso. Você só pode gerar conversas em tempo real, nada fica gravado, então não é possível ouvir uma discussão depois (eles até bloqueiam a função de gravação de tela e áudio do celular).

A plataforma está sendo vista também como uma "evolução" dos podcasts, que acabam gerando um tempo maior para produção e edição e não tem tanta interação com os ouvintes. Já no Clubhouse, a conversa é mais dinâmica e interativa, criando uma percepção de maior espontaneidade.

Dentro de cada sala, você pode ser um dos speakers (autorizados a falar) ou apenas um ouvinte. Caso esteja como ouvinte e queira falar algo, pode "levantar a mão" e pedir autorização, que poderá ser concedida por um dos moderadores da sala.

Atualmente a ferramenta está disponível apenas para iOS (a versão para Android ainda está em desenvolvimento) e só é possível entrar através de um convite de algum usuário, o que também colaborou para criar essa sensação de "exclusividade".

Quem quiser fazer parte pode baixar o app e entrar em uma lista de espera, que é sincronizada com os contatos do seu celular. Caso algum amigo seu já esteja dentro do Clubhouse, ele consegue permitir a sua entrada na rede.

E o que o Clubhouse tem a ver com a música eletrônica?

Na verdade o app deverá ser útil para todos os estilos musicais e temas específicos do dia a dia (desde discussões sobre o técnicas de marketing digital até bate-papo sobre o BBB), mas mesmo que com poucos adeptos, notamos que alguns dos principais DJs e influenciadores da cena eletrônica já começaram a se movimentar dentro da plataforma e iniciar discussões sobre assuntos como: mentoria de produção musical, futuro dos eventos, dicas de tracks, ou até mesmo bate-papos informais para os amantes de EDM ou de outros estilos.

Um dos benefícios que logo percebemos é o networking que pode ser criado dentro dessa rede social, pois você pode ouvir a opinião de alguém de te interessa (seja um artista desconhecido para você colaborar, ou um produtor de evento que esteja em busca de um DJ) e isso gera uma conexão que hoje pode estar mais distante em plataformas como o Instagram, onde as pessoas acabam se posicionando de forma mais "inatingível".

Ainda é cedo pra saber qual a proporção que o Clubhouse vai tomar dentro do Brasil e como será possível monetizar dentro da plataforma, mas pensando que cada vez mais as pessoas estarão dispostas a ouvir o que outros tem a dizer, se destacarão os artistas que conseguirem criar maiores conexões com o seu público.

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Bruna Antero

Bruna Antero

Pós-Graduação em Engenharia de Marketing (USP); Graduação em Administração (UFPR PR); 13 anos de experiência nas áreas de marketing, trade e vendas. Onde encontrar: em algum palco underground explorando novos artistas e em alguns afters

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