Já havíamos adiantado nesse post que nossas expectativas para o festival Hack Town estavam altas. Primeiro porque adoramos esse formato de evento, que conta com palestras, workshops, shows e uma rica troca de conhecimento entre as pessoas. Depois porque acreditamos no potencial de um festival que em dois anos consegue crescer tanto e levar quase 3.000 pessoas para a pequena Santa Rita do Sapucaí, no interior de MG. Por esses motivos é que não pensamos duas vezes, fizemos nossa mala e nos mandamos pela estrada até Santa Rita na última quarta-feira, 7 de setembro.
Antes de ler o que achamos do evento, confira só alguns dos momentos que vivemos por lá:
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O primeiro dia de evento era mais para conhecer a cidade - que acabamos adorando o clima pacato e ensolarado - e também para sentir como o festival estava organizado, onde ficava cada local do evento, já que é distribuído em mais de 15 endereços do centro da cidade. A sede e credenciamento era feito na Inatel (Instituto Nacional de Telecomunicações). Logo ao lado ficava a Casa Google Developers, com diversas atividades e alguns shows e happy hours.
A umas seis quadras de distância da Inatel fica a Praça Santa Rita, principal da cidade. Ao redor da praça estavam muitos dos locais onde o evento acontecia, tinha dia que passamos quase todo por alí. Além das palestras, dava para encontrar restaurantes e bares conveniados com o Hack Town.
Uma das coisas que nos surpreendeu é que quando fizemos nosso credenciamento, ganhamos uma pulseirinha Smart Brace e era através dela que tínhamos acesso aos eventos e também podíamos abastecer com créditos e passar em alguns estabelecimentos. O mais legal de tudo é que as pulseirinhas foram desenvolvidas por uma startup de estudantes da Inatel, que estavam fazendo parceria com o Hack Town.
Assim que a sexta-feira e o sábado foram passando, fomos percebendo a diversidade de temas e pessoas envolvidas no evento. Ao mesmo tempo que haviam discussões sobre o futuro da comunicação, outros apresentavam novas tecnologias de Inteligência Artificial, Chatbot, VR e muito mais. Independente da palestra que você entrasse, você ia perceber que as pessoas estavam dividindo suas experiências e sempre pensando no futuro aliado com o presente.
Vimos palestras marcantes como dos nossos amigos Franklin Costa e Carol Soares que estão vivendo sem casa nos últimos oito meses e compartilharam o que aprenderam desde então. Foi muito legal ver pessoas de todas as idades (inclusive velhinhos de mais de 80 anos) super interessados no assunto, querendo desbravar o mundo e ter uma vida nômade.
Outras palestras muito boas que vimos foram sobre como startups podem utilizar o Growth Hacking para acelerar seus negócios, feita pelo Raphael Lassance e como a experiência que uma pessoa durante eventos e festivais impacta nas lembranças que ela carrega ao longo da vida, feita pelo Mauricio Soares, diretor de marketing da Plus Network, produtora de eventos como Tomorrowland e Electric Zoo no Brasil.
O evento não tem um foco tão grande em eventos noturnos, como shows e festas, mas é possível sim encontrar algumas opções oficiais e não-oficiais pela cidade. Os bares parceiros ficam cheios (alguns até sofreram para dar conta do movimento) e algumas bandas e DJs tomaram conta das praças e repúblicas. Difícil era ter energia para aguentar as festas e a quantidade de atividades durante o dia!
Falando um pouco sobre os custos do festival, realmente são muito mais em conta do que se fosse em capitais. O ingresso custava R$150 e dava acesso a todas as atividades do evento. Para comer era fácil encontrar opções de restaurantes com média de R$15 a refeição! A hospedagem podia variar com o estilo (hotel, pousada, quarto em repúblicas). A nossa opção de alugar um quarto no centro não podia ter sido melhor. Pagamos uma média de R$40 por noite por pessoa e pudemos ter o contato direto com estudantes, o que nos ajudou a ter mais dicas sobre o que fazer pela cidade e até companhia para sair a noite! Agradecemos muito a hospitalidade da Cynthia que nos recebeu e saímos de lá com uma amiga!
Depois de quatro dias no interior de Minas, saímos de lá revigoradas, cheias de idéias novas, impressionadas de como existem pessoas engajadas para criar e desenvolver idéias e tecnologias que nos possibilitarão a viver em um mundo melhor e mais conectado. Desejamos que o Hack Town continue crescendo, mas sempre mantendo essa alma regional e inspiradora.