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Como foi o Festival Rock Werchter na Bélgica

Jode Seraphim
We Go Out

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Menos de uma semana pós Glastonbury, lá estávamos nós de novo. Mala de acampamento nas costas e muita disposição para mais 4 dias de shows, dessa vez para curtir o festival Rock Werchter, na Bélgica!

>​</p><p>Com o ingresso do <strong>festival</strong> ganhamos também um ticket de trem válido de<strong> Bruxelas</strong> até Leuven, e o trajeto de Leuven até o festival de ônibus, e foi tudo muito bem organizado. Saímos da estação central de<strong> Bruxelas</strong> as 09h da manhã e antes das 10h já estávamos andando para chegar no acampamento.</p><p>Decidimos ficar acampadas num espaço fechado, chamado <strong>The Hive</strong>. A estrutura era melhor, com mais banheiros e locais para banho, lojinhas, uma pista para festas todas as noites e mais segurança. Falando nisso, antes de chegar no <strong>Rock Werchter</strong> recebemos um aviso de que devido aos últimos atentados que houveram por aqui, esta seria reforçada. Para entrar no camping era necessário fazer revista de bolsas todos os dias, e para entrar no <strong>festival</strong> era ainda mais rígido. Os itens eletrônicos – celular, câmera e etc – deveriam ser retirados da bolsa e colocados em sacos transparentes, o resto era totalmente revistado e ainda existiam detectores de metais para você passar e garantir que não estava entrando com nada escondido. </p><p>Montamos acampamento e de início já percebemos que o clima era bem mais jovem que o que estamos acostumadas. Nossos vizinhos todos eram adolescentes, e pareciam super animados, com violões em várias rodinhas de amigos. Saímos do camping e até o festival era uma caminhada de 10/15 minutos, passando por várias barraquinhas de comidas e bebidas do lado de fora.</p><p>Chegamos por lá e entrada tinha uma fila enorme devido a todo esquema de segurança. Conseguimos entrar quando Kaiser Chiefs tocava seus últimos hits no palco principal, e fomos dar uma volta para entender as opções de comida e bebida. O<a href= Rock Werchter funciona a base de fichinhas, sendo que 1 fichinha = 3 euros. Para nossa alegria a bebida era bem mais barata que nos outros festivais fora do Brasil – com uma fichinha era possível comprar refrigerante, água, chá, energético ou cerveja. Para alimentação já não tinham tantas opções baratas, já que existiam as opções “festival” – hambúrguer, hot dog, batata frita por 2 fichinhas (6 euros) e umas poucas outras opções como massa, pizza, mexicano, wrap, kebabs, fish & chips de 3 a 5 fichinhas (9/15 euros).  

>​​</p><p>Comemos e fomos ver Jake Bugg, que fez um show cheio de músicas novas embaixo de chuva. Enquanto assistíamos no meio da galera, percebemos que na frente existiam dois tipos de grade que dividiam o público, e que a parte da frente estava bem vazia. Fomos entender como funcionava, e como não existia área VIP paga, eles apenas tinham controle de quantas pessoas podiam ficar bem na frente do palco, o que era uma maravilha!! Bastava chegar antes do show e entrar em uma das áreas, quando dava a lotação máxima eles fechavam e dava para ver os artistas muito de pertinho sem muvuca! </p><p><img width=

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Ficamos no palco principal para ver Ellie Goulding. Ficamos espantadas com a mudança do show que tínhamos visto uma semana antes para este. Ela estava totalmente diferente, animada, interagindo com o público, com um repertório com outras músicas, bem mais para cima do que as que ela tinha cantado no Glastonbury.

>​​</p><p>Vimos Paul McCartney empolgar uma multidão que cantava praticamente todas as suas músicas. Com hits antigos como Hey Jude (e toda galera enlouquecida fazendo na na na nas) e novos, como FourFiveSeconds, ele fez mais de duas horas de um show muito animado. Saímos um pouquinho antes do fim para garantir um bom lugar para ver James Blake, e ainda pegamos o finalzinho de Years and Years que tocava para uma multidão de meninas histéricas que estavam amando o vocalista Olly Alexander! James Blake fez um show que encantou a todos que assistiam, com suas batidas eletrônicas e efeitos sonoros e de luzes que prendiam a atenção no palco. Voltamos para ver um pouquinho de Disclosure e fomos para a barracadormir!   </p><p>Acordamos sexta e era o dia do rock. Assim como no dia anterior, o público era em sua maioria muito jovem, mas também tinham vários casais e grupos de pessoas mais velhas que estavam ali para ver seus ídolos de pertinho. Vimos Oh Wonder, a dupla que parecia não acreditar no tanto de pessoas que estavam ali cantando suas músicas, Robert Plant, ex-vocalista do Led Zepellin, e fomos ver The Offspring. Me senti voltando no tempo em uns 15 anos, já que sabia cantar todas as músicas e deu para aproveitar demais o show deles!!! Ficamos para ver o comecinho de Rammstein, com vários efeitos no palco enquanto cantavam seu rock pesado. </p><p><img width=

No sábado chegamos para ver Courtney Barnett, que arrasou em sua performance fazendo um rock que parecia agradar a todo tipo de público. Fomos para o palco principal ver Two Door Cinema Club e ficamos na grade, curtindo muito o show deles! Emendamos com PJ Harvey e achamos o show bom, porém um pouco “dark” demais com seu estilo meio gótico. Voltamos para ver Red Hot Chilli Peppers, e os caras arrasaram cantando seus principais hits e empolgando todo mundo. Acho que de todos shows que vimos, esse foi um dos mais lotados. Nós chegamos bem antes e a frente do palco já estava fechada devido ao limite de pessoas! Saímos de lá para uma das tendas menores ver Tame Impala, e depois voltamos para o finalzinho de Editors.

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O domingo começou e eu fui para o festival com um pouquinho de dor de cabeça (o tempo lá também não ajudava, com chuvas intermitentes durante todos os dias). Vimos James Bay fazendo um show para adolescentes que cantavam todas suas músicas, Iggy Pop empolgando os mais velhos e quando começou The Last Shaddow Puppets minha dor de cabeça deu uma piorada. Arranjamos nosso cantinho na parte da frente do palco, e enquanto a Bru curtia um Alex Turner mega performático cantando com o super animado Miles Kane, eu fiquei sentada esperando a dor melhorar. Nada de melhora e a crise de enxaqueca atacou forte! Baixou minha pressão e dali eu fui direto para o ambulatório (momento que se não tivesse sido chato tinha sido legal, já que entramos praticamente no backstage do palco principal já que o ambulatório mais próximo era NO palco). Fiquei mais de uma hora por lá enquanto a Bru foi até o acampamento buscar meus remédios. Escutei o show inteiro do Macklemore & Ryan Lewis, rappers que pareciam empolgar (pena que eu só escutei e não vi) muito a galera que estava no palco principal. Saímos de lá e infelizmente eu estava sem forças para ver o show final do evento, Florence and the Machine :(, então fomos direto para a barraca e acordamos no outro dia para pegar o ônibus e trem de volta para Bruxelas.

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Nossa impressão geral sobre o festival é de que é tudo muito bem organizado. Desde o transporte até o evento, os espaços específicos com lotação máxima para os shows, a revista na entrada, banheiros com descarga e papel e muitas barraquinhas de bebida e comida. Com um line up que mescla bandas da atualidade e também lendas vivas, o Rock Werchter consegue ter um público bastante variado, mas em sua maioria bem jovem – muitos que estão curtindo seu primeiro festival acampando. Com certeza é mais um que recomendamos para quem quer curtir shows fora do Brasil!  

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Jode Seraphim

Jode Seraphim

Graduação em Marketing (USP); 1 ano de experiência em Marketing Digital na DHL (Alemanha); 12 anos de experiência nas áreas de marketing, mkt digital e trade. Onde encontrar: comemorando os fogos no mainstage

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