Menos de uma semana pós Glastonbury, lá estávamos nós de novo. Mala de acampamento nas costas e muita disposição para mais 4 dias de shows, dessa vez para curtir o festival Rock Werchter, na Bélgica!
Rock Werchter funciona a base de fichinhas, sendo que 1 fichinha = 3 euros. Para nossa alegria a bebida era bem mais barata que nos outros festivais fora do Brasil – com uma fichinha era possível comprar refrigerante, água, chá, energético ou cerveja. Para alimentação já não tinham tantas opções baratas, já que existiam as opções “festival” – hambúrguer, hot dog, batata frita por 2 fichinhas (6 euros) e umas poucas outras opções como massa, pizza, mexicano, wrap, kebabs, fish & chips de 3 a 5 fichinhas (9/15 euros).
Ficamos no palco principal para ver Ellie Goulding. Ficamos espantadas com a mudança do show que tínhamos visto uma semana antes para este. Ela estava totalmente diferente, animada, interagindo com o público, com um repertório com outras músicas, bem mais para cima do que as que ela tinha cantado no Glastonbury.
No sábado chegamos para ver Courtney Barnett, que arrasou em sua performance fazendo um rock que parecia agradar a todo tipo de público. Fomos para o palco principal ver Two Door Cinema Club e ficamos na grade, curtindo muito o show deles! Emendamos com PJ Harvey e achamos o show bom, porém um pouco “dark” demais com seu estilo meio gótico. Voltamos para ver Red Hot Chilli Peppers, e os caras arrasaram cantando seus principais hits e empolgando todo mundo. Acho que de todos shows que vimos, esse foi um dos mais lotados. Nós chegamos bem antes e a frente do palco já estava fechada devido ao limite de pessoas! Saímos de lá para uma das tendas menores ver Tame Impala, e depois voltamos para o finalzinho de Editors.
O domingo começou e eu fui para o festival com um pouquinho de dor de cabeça (o tempo lá também não ajudava, com chuvas intermitentes durante todos os dias). Vimos James Bay fazendo um show para adolescentes que cantavam todas suas músicas, Iggy Pop empolgando os mais velhos e quando começou The Last Shaddow Puppets minha dor de cabeça deu uma piorada. Arranjamos nosso cantinho na parte da frente do palco, e enquanto a Bru curtia um Alex Turner mega performático cantando com o super animado Miles Kane, eu fiquei sentada esperando a dor melhorar. Nada de melhora e a crise de enxaqueca atacou forte! Baixou minha pressão e dali eu fui direto para o ambulatório (momento que se não tivesse sido chato tinha sido legal, já que entramos praticamente no backstage do palco principal já que o ambulatório mais próximo era NO palco). Fiquei mais de uma hora por lá enquanto a Bru foi até o acampamento buscar meus remédios. Escutei o show inteiro do Macklemore & Ryan Lewis, rappers que pareciam empolgar (pena que eu só escutei e não vi) muito a galera que estava no palco principal. Saímos de lá e infelizmente eu estava sem forças para ver o show final do evento, Florence and the Machine :(, então fomos direto para a barraca e acordamos no outro dia para pegar o ônibus e trem de volta para Bruxelas.
Nossa impressão geral sobre o festival é de que é tudo muito bem organizado. Desde o transporte até o evento, os espaços específicos com lotação máxima para os shows, a revista na entrada, banheiros com descarga e papel e muitas barraquinhas de bebida e comida. Com um line up que mescla bandas da atualidade e também lendas vivas, o Rock Werchter consegue ter um público bastante variado, mas em sua maioria bem jovem – muitos que estão curtindo seu primeiro festival acampando. Com certeza é mais um que recomendamos para quem quer curtir shows fora do Brasil!
Jode Seraphim
Graduação em Marketing (USP); 1 ano de experiência em Marketing Digital na DHL (Alemanha); 12 anos de experiência nas áreas de marketing, mkt digital e trade. Onde encontrar: comemorando os fogos no mainstage