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Como foi o Ultra Brasil 2016

Bruna Antero
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Rolou nos dias 14 e 15 de outubro a edição do Ultra Brasil 2016 no Rio de Janeiro. Depois de alguns problemas burocráticos e mudança do local do evento faltando uma semana para o início, o festival aconteceu no Sambódromo, com um público em torno de 30 mil pessoas por dia. 

  

Nós fomos com a expectativa lá em cima, mesmo sabendo que a estrutura podia estar comprometida, considerando o pouco tempo que tiveram para adaptar tudo. Chegando lá notamos que a organização estava ­em ordem, mas em uma proporção menor do que todos esperavam.  A­o ver a cara das pessoas de frente para o palco principal, com aquele show de luzes, logo deu para perceber que o tamanho do evento era apenas um detalhe para tanta vontade de curtir que a galera­ estava.

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Outro ponto que ajudou muito na animação do festival foi a quantidade de pessoas fantasiadas e produzidas de forma divertida, que é uma característica do Ultra e de festivais internacionais.  As pessoas se inspiraram e criaram looks bem personalizados para chamar a atenção e fazer a galera sorrir!

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Cada palco conseguiu criar sua própria vibe de acordo com o estilo e música. O mainstage reunia a maioria que queria ver os nomes mais comerciais, como Martin Garrix, Hardwell e Steve Aoki. Um bom ponto foi o destaque para DJs brasileiros, que fizeram bonito no mainstage, ganhando ainda mais visibilidade e novos fãs por aqui. Alok, Ftampa, Felguk, Vintage Culture e Tropkillaz fizeram a pista lotar e dançar sem parar. O live da Krewella que rolou no palco principal também foi algo para fugir do convencional. Com guitarra e bateria, a apresentação levantou muito o público e deu um gostinho de show de rock para quem estava por lá.

Difícil é escolher as melhores apresentações, pois cada um que estava lá teve sua performance preferida. Alguns que conversamos adoraram Carnage e DJ Snake, outros não conseguiram sair do palco UMF Radio pela bela sequência de DJs de psytrance na sexta e de deep house no sábado. Teve ainda quem aproveitou o techno do Carl Cox e convidados no palco Resistance e só aquele espaço já valeu por todo o festival.

Além dos shows, algumas marcas também proporcionaram momentos incríveis para o público. Entregando alguns balões, Marlboro selecionou pessoas na pista e levou para a área VIP. Outra ativação com muito destaque foi a da Fusion, em frente ao palco UMF Radio. Eles trouxeram uma apresentação do Lords of Lighting, que fazia um espetáculo com eletricidade de deixar o queixo caído, em cada intervalo entre os DJs.

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Alguns pontos foram bem criticados pelo público, considerando a organização do festival. O primeiro foi que, como sexta-feira era dia útil e o festival começou as 15h, a maioria das pessoas só começou a chegar depois das 18h, e aí a confusão começou: chegou a ter fila de até 2 horas para entrar no evento. Isso fez com que muitos já entrassem decepcionados, mas que aos poucos foram aproveitando e curtindo até o fim da noite.

Quanto à quantidade de bares e banheiros, quando chegava no auge da festa, notava-se muitas filas e falta de preparo. Os bares estavam com poucas máquinas para ler o cartão de consumação, o que segurava muito o tempo de atendimento, e os banheiros não tinham limpeza e cabines suficientes. Valia a pena andar por todo o evento para achar alguns lugares mais livres, mas em certo ponto da noite, nem esses escapavam de filas.

O preço da bebida lá dentro era alto, principalmente da água. Encontramos apenas um bebedouro próximo da pista UMF Radio, e mesmo escondido, tinha uma fila grande para encher a garrafinha.

Considerando nossas experiências no Ultra Miami e no Ultra Europe, nós entendemos que o festival acontece em formatos diferentes em cada país, com seus pontos positivos e negativos. No Ultra Miami a água é gratuita em vários postos, porém na Europa isso não existia e o preço das bebidas era tão caro quanto aqui. O local escolhido impacta muito na organização, já que a entrada e a saída ficam limitadas ao espaço físico, e é outra coisa que precisa ser muito planejada em um festival deste porte.

Apesar dos problemas, o Ultra fez uma edição muito bem-sucedida no Rio! Quem não acreditava no sucesso do evento, ao ver a imagem de milhares de pessoas reunidas e se divertindo durante os dois dias pode ter mudado de opinião. Saímos de lá satisfeitas e com a sensação de que a próxima edição pode aproveitar os aprendizados desse ano e fazer um evento ainda melhor!

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Bruna Antero

Bruna Antero

Pós-Graduação em Engenharia de Marketing (USP); Graduação em Administração (UFPR PR); 13 anos de experiência nas áreas de marketing, trade e vendas. Onde encontrar: em algum palco underground explorando novos artistas e em alguns afters

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