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Com frio curitibano, ótima organização e muito techno, saiba como foi o Warung Day Festival 2018

Bruna Antero
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Mesmo com a previsão já mostrando que o tempo ia virar em Curitiba, era difícil de acreditar que aquela semana ensolarada terminaria em um sábado chuvoso e frio! Mesmo com o tempo jogando contra, o público não se abalou e compareceu em peso à Pedreira Paulo Leminski para o Warung Day Festival 2018, que aconteceu no dia 14 de abril.

Nós estávamos animadas para o festival porque a cada ano a estrutura e organização vem melhorando e queríamos ver de perto quais seriam as evoluções dessa 5ª edição. O evento aconteceu do meio-dia à 1h da manhã e só não avançou madrugada adentro devido às restrições do local escolhido, a linda Pedreira. 

A disposição dos três palcos estava igual à do último ano, mas a decoração dessa vez estava mais bonita, remetendo mais ao conceito do club catarinense, que faz referência ao povo balinês. Com uma estética tribal e mais bem acabada, a atmosfera do festival foi criada para uma verdadeira imersão ao mundo da música eletrônica.

O line up desse ano estava interessante e trazia grandes nomes condizentes com o estilo do Warung Beach Club. A dupla de destaque foi Sasha & John Didweed que fizeram um set super esperado de 4 horas e encerraram o palco principal.

Outro ponto alto do evento foi a apresentação do Dj Loco Dice no Pedreira Stage, assim como Ryan Elliott, que animaram a pista do começo ao fim. No Garden Stage, o destaque vai para as 6 horas de revezamento do trio All Day I Dream (Lee Burridge, YokoO e Lost Desert)

Os brasileiros Renato Ratier, Victor Ruiz, Blancah, Leozinho, Albuquerque e Gui Scott & Caio T também fizeram sets cheios de personalidade e mostraram que os artistas de techno e house music brasileiros estão no mesmo nível de muitos artistas internacionais de ponta.

como foi o Warung Day Festival 2018

Dj Gabe - Foto: Ebraim Martini

Quanto à organização, os pontos que mais nos chamaram a atenção foram: poucas filas tanto para entrar, quanto nos banheiros, caixas e bares. O sistema cashless estava funcionando bem, embora o valor para compra do cartão fosse acima da média (R$10 que poderia ser trocado por uma água no final do evento). Vários locais para descanso, salão de beleza, praça de alimentação com muitas opções de food truck, tudo isso complementava a qualidade do festival.

Quanto aos preços, o festival já é conhecido por operar com valores altos. Além dos ingressos, que não saiam por menos de R$120 e chegavam até R$800, as bebidas custavam: cerveja Itaipava lata R$13, água copo 300ml R$10, energético Fusion R$25, combo vodka + suco R$45. Os lanches custavam a partir de R$20.

Sobre a área VIP é importante dizer que, ao mesmo tempo que tem acesso às áreas exclusivas e com vista privilegiada aos palcos Warung e Pedreira, com o passar das horas ela fica quase intransitável de tão cheia. Por isso, achamos que o festival acaba pecando um pouco por colocar tanta gente em um espaço pequeno, deixando de entregar a qualidade e conforto que a área deveria oferecer.

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Mesmo com o tempo ruim, o festival conseguiu aquecer o sábado de muita gente, com estrutura de primeira, música de qualidade e experiências que vão além das apresentações.

Para que o festival possa se reinventar nos próximos anos, quem sabe uma reorganização no formato dos palcos, entrega de novas experiências para que justifique ainda mais o investimento e uma diversidade um pouco maior no line up pode fazer do Warung Day um festival ainda mais completo e que deixe sua marca por ainda mais tempo.

Confira o video que fizemos com os melhores momentos do Warung Day Festival 2018:

Bruna Antero

Bruna Antero

Pós-Graduação em Engenharia de Marketing (USP); Graduação em Administração (UFPR PR); 13 anos de experiência nas áreas de marketing, trade e vendas. Onde encontrar: em algum palco underground explorando novos artistas e em alguns afters

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