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Dicas de Festivais: Bate e volta para o Sónar Santiago

Bruna Antero
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Tudo começou no dia 25 de novembro de 2015, duas semanas antes do festival, quando a Carla, minha amiga do coração e companheira de festivais como Ultra em Miami e Time Warp em Buenos Aires, fez a proposta para mim e para a Jode de irmos curtir o Sónar Santiago com ela no dia 5 de dezembro. A decisão de ir foi super impulsiva, mas bastante simples! Primeiro porque somos viciadas em festivais fora do país, então o Chile nos pareceu ser um ótimo lugar para conhecermos o estilo das pessoas e dos eventos que acontecem por lá. Depois, que o line-up estava muito mais recheado do que a edição de São Paulo, com nomes mais inéditos e interessantes.

O festival em São Paulo se limitou somente a uma pista, o que dificultou a circulação das pessoas e ofereceu apenas uma apresentação por vez. Já em Santiago, haviam 3 pistas, com estilos e entregas bem diferentes. Enquanto o palco principal trazia os maiores nomes, como Hot Chip, DJ Tennis, The Chemical Brothers, Brodinski e Modeselektor, com produções mais robustas, projeções hipnotizantes e luzes que faziam você se sentir em outro planeta, o palco SonarVillage era uma espécie de jardim com um som bastante atual, conceitual e mais sério. Já o palco SonarHall era coberto em um pavilhão, e nomes como Evian Christ e Kiasmos tocavam um som mais experimental, uma massagem aos ouvidos preparados.

Além disso, a estrutura do evento era muito aconchegante. Lembrava o Campo de Marte, em São Paulo, com acesso fácil próximo a frente dos palcos, com uma quantidade ideal de pessoas e todos pareciam que estavam lá pela mesma razão, na mesma vibe.

Mesmo o portão abrindo 15h, o palco principal começou a encher em torno das 20h, quando Gorgon City iniciou sua apresentação. Às 22h, todos já estavam se preparando para o aguardado show do Hot Chip, que, por sinal, foi muito diferente de todas as outras performances. O fato de ser um live com a banda completa já deu um ar maior de festival. Todos os membros estavam inspiradíssimos. Quem roubou a cena foi a baterista Sarah Jones, que desde 2012 acompanha algumas das turnês com os caras. A facilidade e ritmo que ela demostrava no palco era de dar inveja para qualquer músico que sonha em tocar em uma banda grande.

Enquanto DJ Tennis assumia o mainstage do Sonar Santiago, as pessoas aproveitaram para circular pelos outros lugares do evento. Algumas ativações de marcas, como Adidas e Heineken, tinham filas para serem descobertas. Em um dos palcos estava tocando o DJ Evian Christ, que segurava bem o público enquanto The Chemical Brothers não entrava.

Eis que o principal show da noite começou. Confesso que eu estava um pouco apreensiva por achar que seria um show de hit atrás de hit, algo muito frenético para aquele momento do festival. Mas foi uma apresentação completa. A energia das pessoas pulando e curtindo do começo ao fim fez valer cada segundo. A produção visual foi um espetáculo à parte. Imagens ultrarealistas com movimentos super sincronizados mostravam como os caras, mesmo com anos de estrada, estão muito à frente em tecnologia comparados a tantos outros DJs tops da atualidade. Sonar Santiago

O festival encerrou com Modeselektor, que também trouxe um som bem empolgante e cumpriu o desafio de fazer quase todas as pessoas permanecerem até o fim do evento, que acabou um pouco depois das 4h da manhã.

Se nós ainda tinhamos alguma dúvida se valeria a pena ir ao SónarSound Santiago, a experiência que vivemos por lá comprovou que fizemos a escolha certa!

Se você quer mais detalhes sobre essa experiência ou tem interesse em ir no ano que vem, leia as nossas dicas:

INGRESSOS SONAR SANTIAGO

A compra do ingresso foi feita online e durou até o dia do evento. A retirada para estrangeiros era apenas no local e data do show. O valor do ingresso (inteira) variava entre R$215,00 a R$297, dependendo do lote (muito mais em conta do que a edição brasileira que estava R$550).

PREÇOS

O preço das bebidas não era barato, mas estava na média dos festivais brasileiros. O copo de 500ml de Heineken era R$24, o combo de vodka + redbull era R$30.

COMO CHEGAR

O evento era localizado no ex-Aeroporto de Los Cerrillos, zona sul da cidade. Mesmo sendo um pouco distante do centro, o acesso via transporte público era tranquilo (R$4), com todas as orientações no site. A saída estava mais lotada para conseguir pegar um ônibus, então a melhor opção era por taxi, que dava em torno de R$60 até o centro.

ONDE FICAR

Ficamos hospedadas no Hostel Providencia, na área central da cidade. Foi uma ótima opção, pois tinha preços justos (R$60 por noite em quarto compartilhado, R$120 em quarto individual). A estrutura era completa e o acesso ao metrô era fácil (5 minutos andando).

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Bruna Antero

Bruna Antero

Pós-Graduação em Engenharia de Marketing (USP); Graduação em Administração (UFPR PR); 13 anos de experiência nas áreas de marketing, trade e vendas. Onde encontrar: em algum palco underground explorando novos artistas e em alguns afters

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