Badsista vem se consolidando na cena tanto brasileira quanto internacional como DJ e trabalhando com produção musical. Ao mixar estilos como o eletrônico, funk, reggae e o que mais quiser, traz sons diferentes e principalmente aqueles que fazem parte do gênero periférico. Sua presença é muito procurada em eventos da cena underground de São Paulo e em todo o mundo, como o CTM Festival.
Além disso, Badsista já acelerou pistas em lugares ao redor do mundo e acabou de voltar de uma turnê na Europa, mas agora foi a vez de se apresentar no palco New Dance Order do The Town, que voltou ainda mais potente em São Paulo! O palco conta com uma nova estética musical, além de fazer uma imersão nas festas independentes da capital que representam a cena underground paulistana.
Seu talento ocupou o palco não só uma vez, mas duas vezes no festival. No dia 03 de setembro, tocou em um b2b com Ellen Allien e a união desses dois ícones da música eletrônica permitiu a junção de todas as suas referências artísticas juntas, unindo a mesclagem de sons diferentes e abrangentes. Já no dia 09, foi a vez de levar o projeto “Gueto Elegance”, com Malka, Vênus e Marina Lima, com uma apresentação musical voltada também para o instrumental e vocal.
Confira agora, com exclusividade, como foi para Badsista dividir a mesa do New Dance Order duas vezes, com artistas diferentes:
Fala galera do We Go Out, eu tô aqui com Badsista! Boa noite! Tudo bom?
Boa noite! Eu tô daquele jeitão, né? Dei “oi” agora ali pra Ellen (Allien) e ela já tava assim, muito… Falou que tocou num festival ontem mas não queria perder nosso back to back… Então acho que a gente tá na mesma página, eu diria... de animação!
Vocês já se conheciam? Vimos que no Instagram tem várias curtidas ali…
A gente se conheceu na Capslock que teve também. A gente se deu “oi” na verdade a primeira vez… Mas já manjava dela, e acho que ela também já manjava de mim. Ela já tinha me seguido no Instagram antes e é o que, ligeira, né? Fico de olho!
E você, conte pra gente, como é que tudo começou com a música?
Ah, eu acho que pra mim, é muito rolê de sangue, de família mesmo. Pra mim foi sempre muito magnético a relação com a música, entendeu? Então já fiz mil coisas na música, ser DJ, produzir… Tocar com a Ellen hoje acho que é tipo uma das minhas “se jogar e viver “, que é o que a música traz também.
E assim, você mostrou no último álbum: artista completo, compõe, canta… Como é lidar com tudo isso, tantas facetas?
Nossa, antes eu ficava assim: se eu for cantar eu vou usar tal nome, se eu for fazer tal coisa eu vou usar tal nome. Eu entendi que é isso, entendeu? É tudo mesmo… Tudo ao mesmo tempo, tudo acontece junto… E acho que faz parte de ser multidisciplinar também, entendeu? De ser interessado pela criatividade, seja lá onde ela estiver!
Você acabou de chegar da tour na Europa… E não foi a primeira, né? Como foi?
Foi babado! Não foi a primeira, mas foi tudo essa. Foi bem surpreendente pra mim, porque ano passado e das outras vezes tinham sido de outras formas, mas de uma forma boa também… Mas agora eu me joguei tanto, encontrei tantas pessoas legais no meio do caminho, que eu acho que valeu muito a pena, sabe? Estar em trânsito, ver coisas interessantes também e poder tocar para públicos diferentes. E sempre tem um brasileiro no front, isso você pode ter certeza! Nossa, isso não falta!
*Imagem: Paulo Oliv
Mas você acha muito diferente tocar pra pro público lá fora e pro público aqui?
Ah, eu acho que aqui a gente dá o nome, né? Não dá pra negar… Mas lá a galera se envolve bastante também, se joga, dança, grita… É que a gente é mais "Ahhh" aqui, né? Uma coisa mais doidinha assim. Mas eu acho que tanto lá quanto cá, no fim, o resultado é o mesmo. De conseguir se conectar com a galera e enfim… Fazer o que eu sempre tô afim de proporcionar pra pista de dança, né?
E pausa pra dizer que é orgulho do que você representa lá fora, aqui tá arrasando demais! Terminando agora falando do The Town, que você tem agora o back to back com a Ellen Allien, e tem mais uma data com a Marina Lima. O que você tá esperando? O que a gente pode esperar de você?
Muito obrigado, valeu mesmo! E nossa, isso desde que a gente decidiu que ia ser a Marina, e quando conseguimos fazer o convite e tudo se concretizou, a gente tá assim: "Meu Deus gente, a gente vai tocar com um dos maiores ícones da música brasileira", não é pouca coisa! A gente fez um ensaio já, ela é muito fofa, tá muito afim de se jogar. Ela se conectou bastante com a gente, acho que com as meninas também, muito nesse lugar da música… E eu acho que ela também veio nessa nossa irreverência de mexer com a música eletrônica, algo que era um sentimento comum pra ela há, sei lá, trinta trinta e cinco anos atrás, entendeu? A gente é fruto da história né, as coisas só vão se reinventando!
Laura Paro
Graduanda em Jornalismo (PUC-SP). Onde encontrar: nas pistas onde o techno prevalece