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Entrevista com a dupla carioca Mumbaata

Bruna Antero
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Estivemos no Rio Music Conference de 2017 e batemos um papo com o Lennox Hortale e Pedro Poyart, dupla por trás do projeto Mumbaata, que durante o evento, levou o VI Prêmio RMC de "Produtor Revelação" de 2016.

Os cariocas são experientes DJs e produtores que se apresentam em formato Live. Suas produções tem influências latino-africanas e melodias hipnóticas e profundas com foco na pista de dança. Suas músicas tem sido lançadas pelos selos: D-Edge (BRA), Dear Deer (UKR) Not For Us (BRA) Re:Sound (UK) e Tropical Beats (BRA). Já se apresentaram no D-Edge (SP) e nas festas cariocas Bootleg, Incomum e Noon. Nas apresentações, sequenciam ao vivo suas produções manipulando sintetizadores e bateria eletronica.

Confira abaixo o video com a entrevista completa e o texto com as respostas da dupla:

Primeiro, vocês ganharam como produtores revelação no Prêmio RMC desse ano. Conta para a gente como foi a emoção e o que isso representa para vocês.

Pedro: Foi uma surpresa para a gente só de ser indicado e estar entre os nomes da galera que está fazendo sons novos, os novos talentos da música brasileira e eletrônica e ganhar foi excelente. Por fazermos um trabalho que a gente busca uma sonoridade diferente, foi uma surpresa a gente ser lembrado, porque nosso som não é padrão, não seguimos uma onda comum. Mas no final das contas pode ter sido isso que trouxe a gente até aqui. E receber o prêmio na frente de todos foi realmente emocionante.

Conta um pouco a história de vocês e do projeto, como vocês chegaram até o Mumbaata.

Lennox: A gente já se conhece há algum tempo, desde a época de rave, com o boom da música eletrônica que teve no Rio de Janeiro. Claro que teve a geração do house e Techno, mas a nossa foi mais em torno da rave mesmo, e não só de psy trance, e sim de muitos estilos, como house, Techno, drum'n'bass, rock, "bunker rave", vamos dizer assim. Enfim, nos conhecemos nessa época, aí fui morar em São Paulo, e quando retornei para o Rio, encontrei o Pedro e vi que ele estava produzindo algumas coisas. Falei para marcarmos um dia para fazer um som. Nos encontramos e já saiu uma música boa de cara, aí marcamos outra, mais outra, e assim fizemos 10. Aí chegou a hora de batizar o "filho". Fizemos uma pesquisa musical, com nossa referência africana, latina, e veio a ideia do nome Mumbaata, que é um nome próprio, não quer dizer nada em língua nenhuma, mas que traz uma memória afetiva que mexe com Afrika Bambaataa, que são referências nossas antigas.

E vocês lançaram o EP "Take Off" pelo selo D-Edge Records. Como foi?

Lennox: Isso, saíram duas músicas em parceria com o Leo Janeiro, que deu uma moral para a gente, produzimos juntos. E aí fizemos a festa de lançamento no club em São Paulo, e foi a estreia do Pedro por lá. E agora vamos tocar no D-edge Rio dia 28/02, terça-feira de carnaval, com Octave One e Agoria, dentro da programação do Rio Music Carnival.

Vocês fizeram essa parceria com o Leo Janeiro. O que vocês tem escutado e se inspirado de artistas brasileiros?

Lennox: Difícil, a gente escuta muito de tudo, jazz, rock, hip hop, tudo influencia muito a gente. Não gosto de citar o nome de um projeto específico porque posso estar deixando de falar do outro, acho injusto falar isso. Mas a gente tem muita influência da música negra em geral, seja eletrônica ou orgânica. Mas de artistas nacionais que eu curto, um projeto que me surpreendeu muito foi o Monobloq, a gente até mixou uma música dele, e vai sair um álbum só de remix do trabalho dele e nós teremos uma música lá: Hirta.

O que esperar de vocês agora para esse ano? Quais são os planos?

Pedro: Em 2017 temos que provar porque ganhamos esse prêmio RMC. Colocar o nosso live na rua, fazer o máximo que der, tentar ganhar o Brasil, quem sabe ir para fora e tentar espalhar nossa música por aí.

mumbaata

Para acompanhar o Mumbaata é só seguir a dupla nas redes sociais:

http://facebook.com/mumbaata

http://instagram.com/mumbaata

http://soundcloud.com/mumbaata

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Bruna Antero

Bruna Antero

Pós-Graduação em Engenharia de Marketing (USP); Graduação em Administração (UFPR PR); 13 anos de experiência nas áreas de marketing, trade e vendas. Onde encontrar: em algum palco underground explorando novos artistas e em alguns afters

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