O DJ e produtor alemão Klangkuenstler é um dos nomes em maior ascensão no circuito underground da música eletrônica e marcou o DGTL São Paulo com uma apresentação épica. Com um portfólio amplamente diversificado, o artista viajou ao longo dos anos por muitos estilos da dance music, do House ao Tech House, Techno Peak Time ao Hard Techno, deixando comprovado que não cansa de inovar e se reinventar.
Klangkuenstler atualmente segue a sonoridade do Hard Techno, com tracks autorais que trazem muita energia e uma estética particular e original, que florescem na pista e fazem o chão tremer. Conversamos com Klangkuenstler no DGTL São Paulo, que contou sobre sua carreira, inspirações, projetos atuais, futuros e muito mais, confira o papo!
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Aqui no DGTL São Paulo com Klangkuenstler! Falei direito?
"Sim! Falou certinho, é isso mesmo! Desculpa ter usado um nome tão difícil!"
O que você está achando de São Paulo? É a sua primeira vez aqui?
"Já vim ao Brasil uma vez, mas para tocar, essa é a primeira! Eu realmente estou amando a cidade, adoro a vibe e a temperatura, é quente, muito bom!"
Bom, vamos começar falando sobre seu som. Durante os anos, seu som vem mudando bastante. Você já tocou House, Tech House, Techno Peak Time e agora você toca um techno bem mais pesado, Hard Techno. O que fez você mudar tanto o som que toca e produz?
"Tudo aconteceu com o tempo. Quando eu comecei a fazer música, eu morava no interior e lá não tinha nenhuma influência de música eletrônica, então meu primeiro contato foi pelo SoundCloud, e naquela época tinha muita gente postando House Music. Com esse primeiro contato eu já pensava "ok, eu gosto disso", e ao longo dos anos fui mais a fundo e quis desenvolver meu estilo de som e eu gostava muito do som que vinha do Reino Unido, que naquela época era o Tech House, e isso me influenciou bastante. Chegou num ponto em 2017, eu acho, que eu me senti entediado com meu som, sentia que minhas produções não iam muito pra frente. Um amigo me levou para o Awakenings Festival, e fui sem expectativas, mas quando entrei e ouvi a primeira batida, dancei a noite inteira. Foi a primeira vez que eu realmente entendi o Techno, porque o ambiente faz total sentido com o som. A coisa me pegou de jeito!"
Bom, vamos todos agradecer ao seu amigo que te levou pro Awakenings, e agora você está tocando essa sonzeira!
Ainda sobre seu som, você já lançou tracks por várias labels diferentes como Toolroom, Sola, Second State, mas desde 2019 você lança suas faixas por sua própria gravadora, a Outworld. É uma gravadora criada para lançar somente as suas tracks?
"Na verdade, o primeiro lançamento foi uma mini compilação com outros dois artistas, e tivemos uma outra há alguns meses mais cinco artistas. O que eu tenho planejado é focar nos meus próprios releases e lançar uma ou duas compilações com uns quatro ou cinco produtores. Esse é o plano para agora, mas as coisas podem mudar eventualmente."
E sobre esses planos, podemos esperar novos artistas nas compilações? Pretende vir com um álbum só seu?
"Bom, acabei de lançar um EP, mas uma nova compilação está vindo aí, mas ainda não tenho todos os artistas confirmados. O que acontece é que a minha label não é uma label comum, que tem lançamentos a cada três ou quatro semanas..."
É muito mais sobre você aquilo que quer transmitir com o som, não?
"Exatamente, eu tento segurar as pontas, e ter dois ou três releases fortes por ano, em vez de inundar o mercado; tem muita música por aí bom, essa é a minha visão, é o que faz sentido para mim agora."
Se você fosse um fã aqui no DGTL, quais artistas você jamais deixaria de ver?
"Bom eu nunca perderia Dax J, Amelie Lens, SPFDJ, e eu conheço o som do Jan Blomqvist há alguns anos, faz tempo que não escuto mas gosto bastante! Não é o tipo de som que me dá aquela energia, mas adoraria ouvir de novo! Eu não perderia, mas ele toca no mesmo horário que o meu, então infelizmente não vai rolar. Eu também estou curioso para ver os artistas locais, DJ Murphy que vem depois de mim, estou sempre aberto para ouvir novidades!"
Para fechar, falando sobre seu set de hoje: o que podemos esperar? Alguma track nova e qual BPM vai rolar hoje?
"Boa pergunta! Eu nunca planejo muito, provavelmente vou tocar entre 145 e 150 BPM, mas eu não tenho nenhuma track nova além desse último EP, não tive muito tempo no estúdio, mas o negócio vai ser bom hoje!"
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