Entrevista

Entrevista: Magdalena conta sobre passagens no Brasil, sua nova marca de eventos e muito mais!

Otávio Apovian
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Os olhos de Magdalena se abriram para o mundo da música eletrônica quando ela tinha apenas 15 anos, quando seu irmão mais velho a levou em um club pela primeira vez. Tendo crescido com as influências musicais da Iugoslávia rural quando criança e mais tarde, como uma adolescente na Hamburgo metropolitana, o campo da música eletrônica foi uma descoberta emocionante para ela. Na década seguinte, a cena musical de Hamburgo floresceu, com a cidade se tornando cada vez mais conhecida por sua abordagem melódica do House e do Techno. Foi nesse ambiente que a Diynamic Music foi fundada por Solomun e Adriano Trolio, com Magdalena trabalhando com a dupla desde o início. Juntos, eles realizaram o sonho de abrir seu próprio clube em Hamburgo: o EGO. Magdalena assumiu o controle de toda a administração do clube, reservas, ligação com o artista e, mais tarde, tornou-se DJ residente. No processo, ela aprendeu muito sobre como é uma boa noite; ver muitas lendas da cena atuando ao mesmo tempo em que faz uma apresentação noturna. Batemos um papo muito legal com a Magdalena, confira!

Hello Magdalena! Como você está hoje? Estamos muito felizes por ter você aqui conosco! Para começar, conta para a gente: quando foi a primeira vez que você tocou aqui no Brasil? Como foi a sensação?

Olá, estou ótima hoje. Acordei hoje de manhã e passei um tempo no estúdio, que é sempre algo que gosto muito de fazer.

A primeira vez que toquei no Brasil foi em 2018 e ainda me lembro muito bem dessa época. Sempre adoro vir ao Brasil.

Tivemos acesso a alguns clipes da sua apresentação no Warung Beach Club para a sua reabertura, e ficamos emocionados! Como você se sentiu ao voltar e tocar no "Templo"?

Espero que tenham gostado dos clipes que viram, porque a vibe estava incrível. Eu toquei no Warung duas vezes antes e já sabia o que esperar, mas dessa vez foi super especial porque tive a sensação de que as pessoas no ‘Templo’ estavam ainda mais famintas por uma festa depois de tantos meses sem permissão para elas acontecerem.

Você já tocou no Brasil dezenas de vezes, mas o que queremos saber é: qual foi a sua apresentação preferida no nosso querido país?

Para mim, todos os shows no Brasil são um tanto especiais. Vocês sempre tornam minha estada ainda mais especial e o público na pista de dança é muito ativo o tempo todo. Isso é algo que adoro como DJ. Claro que Warung é sempre muito especial, mas também me lembro da maioria dos meus outros shows no Brasil e todos eles foram muito divertidos.

Como você passou ótimos momentos no Brasil, ficamos nos perguntando se nossa cultura traz algo para a sua criação musical. Quais são essas referências e como se fundem com a sua música?

Onde quer que eu vá, tento levar algumas influências culturais comigo. O Brasil para mim é um país de sol, clima quente, belas praias e boa música. Lembro-me de quando remixei a faixa Abataka de Ida Engberg há dois anos, estava procurando por uma vibe bem verão e pensei na época em que estive no Brasil. Ouça a faixa e me diga se você consegue reconhecer a influência brasileira ali.

Que outros artistas, não só na área musical, mas cinema, artes visuais, moda, arquitetura, inspiram sua música? Quais são suas maiores fontes de inspiração?

Eu sou um grande fã de Al Pacino e Robert Deniro. Charlize Theron com suas facetas incríveis quando atua é alguém que eu realmente admiro. Margot Robbie é legal e tudo de Quentin Tarantino é sempre uma alegria de assistir. Há tantas pessoas que eu poderia mencionar e me inspiro em todas elas. Quando estive em Xangai da última vez, fui à exposição do famoso Yayoi Kusama que me inspirou muito. Há tantas histórias que eu poderia contar sobre lugares que me inspiram.

Que conselho você daria para meninas que estão tentando se engajar na jornada na cena da música eletrônica e construir uma carreira?

Eu sei que especialmente a indústria da música pode ser muito assustadora, já que é tão dominada pelos homens. Mas muito já mudou nos últimos anos e não é mais tão difícil. As mulheres são mais aceitas agora e é fácil lutar contra isso. No entanto, ainda é uma luta para homens e mulheres, e eu encorajo todas as meninas a aceitarem o desafio e não desistirem facilmente. Você pode fazer isso, tenha fé em suas habilidades.

Qual foi a gig que te deixou arrepiada e que você vai se lembrar para sempre?

Eu diria que uma apresentação muito recente que me deu arrepios foi quando toquei no EXIT Festival neste verão. Trabalhei muito nos últimos anos para chegar ao ponto de me convidarem para tocar nesses festivais e quando isso finalmente aconteceu, fiquei arrepiada pensando em todo o trabalho árduo que levou a esse sucesso em minha carreira.

Eu diria que uma apresentação muito recente que me deu arrepios foi quando toquei no EXIT Festival neste verão. Trabalhei muito nos últimos anos para chegar ao ponto de me convidarem para tocar nesses festivais e quando isso finalmente aconteceu, fiquei arrepiada pensando em todo o trabalho árduo que levou a esse sucesso em minha carreira.

Quais foram as lições que este período pandêmico que finalmente estamos deixando para trás lhe ensinou, em termos de vida e carreira?

Aprendi a lição de que, para alcançar algo grande, às vezes é bom dar um passo para trás e deixar rolar. Estava muito agitada no início de 2020 e só o lockdown forçado me fez recuar, avaliar e reajustar o meu caminho de certas formas. Agora me sinto ainda mais confiante de que o que estou fazendo com minha equipe está indo na direção certa.

Embora você tenha construído uma carreira sólida, criando boa música, momentos inesquecíveis e performances ao vivo que criaram algumas das melhores memórias na mente de milhares de pessoas, pensamos que as pessoas que param de sonhar estão mortas. Dito isso, queremos saber: quais são os seus sonhos para os próximos anos? O que Magdalena espera para um futuro próximo?

Eu consegui muitas coisas que queria, mas pela natureza da minha mente, não fico satisfeita facilmente e gostaria de fazer projetos mais interessantes. Minha própria marca de eventos, SHADOWS, é uma delas. Meu sonho é levar essa festa ao redor do globo e levar minha música e outros artistas que eu realmente respeito para muitas partes do mundo. Já estamos trabalhando muito nisso, então fiquem ligados no que anunciaremos em breve.

O que seus fãs podem esperar de você nos próximos meses? Você tem alguma novidade especial que poderia compartilhar conosco?

Bem, como mencionei no início, estou muito ocupada no estúdio no momento e haverá mais alguns lançamentos chegando. Além disso, é claro, mais alguns eventos SHADOWS e talvez alguma coisinha extra aqui e ali :)

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Otávio Apovian

Otávio Apovian

Graduado em Publicidade (ESPM-SP); DJ e produtor musical no projeto Apollorabbit. Onde encontrar: nas pistas mais obscuras e com sons cabeçudos

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