Entre os DJs de progressive house em ascensão mais rápida do mundo, Miss Monique passou os últimos anos ganhando reconhecimento por suas produções e performances enérgicas. Seu talento para fundir ritmos de techno suavemente com trance clássico e elementos progressivos conquistou uma base de fãs cada vez maior e a levou a tocar em locais icônicos de dance music; de festas íntimas em um barco em Ibiza a festivais gigantescos como o Untold e o ADE. Lançando seu próprio selo, Siona Records, em 2019, Miss Monique defende novos talentos e, recentemente, o selo chegou ao Top 10 de selos de house progressivo mais vendidos no Beatport.
Batemos um papo muito especial com Miss Monique, que conta sobre o início de sua carreira, inspirações, turnê pela Colombia e muito mais, confira!
Para começar, gostaríamos de saber mais sobre o início da sua carreira. Qual foi a faísca na sua infância que fez você querer ser DJ e produtora como trabalho?
Olá equipe We Go Out. É um prazer ser sua primeira convidada internacional do #GoGirl. Desejo-lhe sorte e sucesso futuro. Na minha infância eu pensava em diferentes profissões, mas música ou ser DJ não estava nos meus planos. Meu amor pela música eletrônica cresceu quando fiquei mais velha e comecei a visitar clubs e grandes festivais. Numa dessas festas percebi que ser DJ é interessante para mim e felizmente tive um amigo que me apresentou todo o equipamento e algumas técnicas principais. Aliás, esse amigo é meu empresário hoje em dia. 🙂
Quais foram suas primeiras referências musicais e fontes de inspiração?
Posso dizer que me inspirei muito em grandes artistas como Jerome Isma-Ae, Sander Van Doorn, Laurent Garnier, Paul Oakenfold, Markus Schulz. Sempre escutei muito suas produções ou mixes. Visitei eventos com alguns desses nomes no lineup e com certeza, de alguma forma eles moldaram meu gosto pela música eletrônica.
Quem são as artistas femininas que mais impactam sua vida? Por arte entendemos tudo, desde literatura, música, cinema, artes visuais, etc.
Eu não divido artistas entre homens e mulheres. Eu acredito que você precisa olhar para os resultados da criatividade, e não para que gênero é um artista.
Podemos imaginar que apenas por ser uma mulher no mundo da música você pode ter passado por alguns momentos difíceis e obstáculos em sua jornada como artista. Você pode nos contar um pouco mais sobre esses momentos? Qual foi o obstáculo mais difícil que você enfrentou em sua carreira por ser uma artista mulher? Como isso funcionou?
Comecei a trabalhar como DJ há cerca de 11 anos. Naquela época, tudo era mais difícil do que agora. Para mim, como menina, o mais difícil era obter o respeito de outros artistas, promotores etc. Hoje em dia não tenho esse sentimento, pois trabalho apenas para os meus ouvintes e para mim. Não estou interessado na opinião das pessoas que pensam que alguém não merece ou não pode ser DJ. Além disso, acho que não importa o sexo que você seja, se você for talentoso, está pronto para ir.
Como a pandemia afetou sua carreira? Você começou algum novo projeto em 2020 ou este ano?
Claro, como a maioria das pessoas, eu não podia mais viajar, mas tinha tanto trabalho fechado para festas e viagens, que não parecia chato 🙂 Eu coloquei mais atenção em muitas coisas que eu não poderia fazer antes da pandemia: produzi mais faixas, fiz streams no YouTube com frequência, conversei com meus ouvintes e, ao mesmo tempo, apoiaramos uns aos outros naqueles dias difíceis. Claro que começamos a trabalhar muito mais para nosso selo Siona Records.
Qual é a sensação de ser o chefe da gravadora de uma das gravadoras Progressive House mais badaladas do momento? A Siona Records está ficando cada vez maior a cada dia, parabéns por isso!
Estou muito orgulhosa da Siona. Eu não sou apenas a única pessoa que manda lá: o gerente, o engenheiro de som, nossos artistas - temos todos esses resultados juntos. Depois de dois anos, a gravadora se tornou uma das primeiras posições e isso está me inspirando muito para crescer com Siona.
Conta mais pra gente sobre sua recente turnê na Colômbia! Podemos imaginar que finalmente voltar ao palco e dar essa energia ao público deve ser incrível! Você tem planos para uma turnê pela América do Sul? Talvez brasil ...
Foi a primeira vez que visitei a Colômbia. Em primeiro lugar, este país tem pessoas muito boas. Eles me deram as mais calorosas boas-vindas em todas as festas. Tivemos a oportunidade de viajar um pouco pelo interior do país e visitar 3 cidades. Além disso, a natureza colombiana é tão bonita. Fiquei surpreso com a cidade de Medellín, mais de 50% é natureza. Uma mistura incrível de cidade moderna, mas como dentro da selva. Eu me apaixonei pela Colômbia e fiquei muito animada por estar de volta.
Você já esteve no Brasil? O que você sabe sobre nosso país?
Não, eu nunca estive no Brasil, mas estou muito animada para ver este país e explorá-lo o máximo que puder. Além disso, estou sonhando em visitar o seu carnaval, mas tenho certeza de que há tantas coisas boas para ver.
O que podemos esperar da Miss Monique em um futuro próximo? Existe alguma coisa especial que você poderia nos contar?
Em um futuro próximo, estou feliz por voltar a viajar, estamos planejando tours pela América do Sul, Índia, EUA, muitos eventos na Europa. Também tenho faixas que serão lançadas pela gravadora Tiesto - AFTR: HRS, Nora En Pure’s - Purified Records e estou trabalhando para um novo lançamento para a Black Hole Records.
Claro, vou continuar a trabalhar no meu canal do YouTube e na Siona Records. Então fiquem ligados. Vamos preparar muitas coisas boas no futuro.
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