O trio Rooftime se destaca no cenário como um dos poucos grupos de música eletrônica no Brasil, além de inovar com instrumentos e vocais ao vivo nas apresentações, o trio já lançou tracks por labels como Spinnin Records e CONTROVERSIA, além de collabs com Vintage Culture, Dubdogz e Alok. O trio fez seu mais novo lançamento em parceria com Alok, "Keep Walking" pela CONTROVERSIA na última sexta-feira, 11.
Batemos um papo muito legal com o trio, que contou detalhes dos bastidores e mais sobre a nova faixa, confira:
Contem pra gente, como começou a relação de vocês com a música, e como vocês se conheceram e decidiram trabalhar juntos?
"Nós, Rodrigo e Gabriel, somos irmãos e desde pequenos somos apaixonados por música. nascemos em família de artista, em que a música sempre foi um alimento e uma ferramenta de inspiração. Logo aprendemos a tocar instrumentos e a cantar. Já eu, Lisandro, aos 10 anos aprendi a tocar e já era aficionado por música eletrônica. Não demorou para que eu desenvolvesse meu próprio projeto musical e me joguei na estrada, comecei a lançar próprias músicas em diversas gravadoras.
Rodrigo e Lisandro acabaram se encontrando só na van da faculdade. Eles logo conversaram e foram produzir juntos, incluindo o Gabriel na produção. Dali em diante, começava um sonho chamado ROOFTIME."
Como vocês encontraram uma sonoridade que mesclasse as estéticas próprias de cada um? Como funciona o workflow de vocês no estúdio? Trabalham sempre juntos?
"Foi um processo de evolução e conhecimento permissivo, trocamos muitas músicas e discutimos muito sobre cada uma delas. A grande fragilidade desse processo, é criar uma ideia em comum entre os três sem que nenhum abra mão da sua identidade musical ou suas referências. A ideia do Rooftime sempre foi criar algo pessoal mas que soasse familiar a todos, e não poderíamos fazer isso sem a verdadeira essência de cada um de nós.
Desde o nosso primeiro encontro, até hoje, persistimos em aprimorar essa evolução pra que cada vez mais nosso trabalho traduza o que verdadeiramente sentimos. Às vezes até produzimos separados, mas uma das coisas que aprendemos durante esses processos foi que nada se compara quando estamos juntos e conectados pelo mesmo propósito: a música."
De quais outros artistas vocês tiram inspiração para seu som? Falando tanto em música, cinema, artes plásticas, teatro, moda
" Gostamos muito de se inspirar em várias frentes artísticas, como por exemplo: Coldplay, Milky Chance, filmes do Tarantino, Salvador Dali, Solomun, Rufus Du Sol, Vladmir Kush, Foster the People, Wilk and Mhisky, um bom suspense e mais algumas taças de vinho tinto."
Que vocês são uma das principais bandas eletrônicas do Brasil não é mais segredo para ninguém. Como vocês veem o impacto desse projeto na cena nacional?
"Um dos nossos objetivos é trazer essa proposta para que mais pessoas se enxerguem e se inspirem nela, criando uma sinergia com novas possibilidades dentro do mundo da música. Temos um universo gigante a nossa espera, e ele é democrático o suficiente pra permitir todo tipo de expressão, então por que não se permitir a isso?
Queremos que surjam cada vez mais bandas e projetos novos com propostas únicas. Se pudermos servir de inspiração ou motivação para que isso aconteça, já daremos a missão como cumprida!"
- Falando um pouco da sua collab com Alok "Keep Walking" que saiu pela CONTROVERSIA, como foi o processo criativo para essa track?
"A ideia era fazer um som com uma intenção sedutora, que pudesse demonstrar movimentos de uma dança, tanto que é uma das únicas músicas que usamos guitarra nas gravações, por que sentimos que ela traria essa conexão.
Desenvolvemos a música em cima dessa ideia e completamos sua versão instrumental. Após um tempo, surgiu um convite para trabalharmos em conjunto com o Alok em uma campanha para a Johnnie Walker e logo pensamos nesse som! Mostramos para o Alok e ele adorou a ideia, começamos a mexer e compor os vocais. E o resultado foi a "Keep Walking""
De onde surgiu a inspiração para a "Keep Walking"? Qual é a mensagem por trás dessa track?
" No dia, estávamos explorando novos lugares para produzirmos, então nos juntamos em um quarto velho da casa embaixo de uma escada e começamos a criar.Gostamos de provocar essas novas sensações e fagulhas nos estimulando com novos ambientes! Tanto que a guitarra também fez parte dessa "provocação". Somos diretamente ligados a história das músicas que criamos e nesse som, não foi diferente: a ideia era criar uma cena em que duas pessoas se envolviam em um jogo de sensações e sentimentos e que a única maneira para que se entendessem era através de uma dança. Então, nos inspiramos em coreografias e ritmos que nos trouxessem essa sensação."