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Go Girl #49: Ekanta e suas experiêcias de 25 anos de carreira

Redação We Go Out
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Ekanta emana a essência da arte. De natureza inquieta, já na adolescência a artista se arriscou nas artes cênicas, onde aplicava sua prematura habilidade na dança. Já na música eletrônica, ela mergulhou fundo em seu propósito em Amsterdã, tocando Chill Out no famoso club Trance Buddha, em 1998, seguindo por diversos clubs e festivais europeus. A partir dali, Ekanta viveria uma grande jornada.

Este período lá fora serviu de palco e aprendizado para Ekanta, que trouxe em sua bagagem uma base sólida, pautada também em suas vivências no Brasil. A artista tornou-se uma das precursoras do movimento psicodélico em nosso país, sendo uma das principais responsáveis pela consolidação da forte cena do Centro-Oeste brasileiro.

Com presença nacional e internacional, Ekanta entrega autenticidade e uma conexão profunda com as pistas, e tem em seu histórico alguns dos maiores festivais e festas, tais como Universo Paralello, Tranceformation, Trancendence e Earthdance. Além disso, foi residente do Pulse Club, em Goiânia.

Sua impressionante atuação internacional a torna seguramente uma das mais respeitadas DJs do cenário, conectando-se com os públicos de festivais renomados, como Dance Valley (Holanda), Boom Festival (Portugal), Voov Experience (Alemanha), entre festas e festivais a lista segue, tão grande quanto sua musicalidade e seu nome. Como produtora, Ekanta segue forte e inspirando milhares com lançamentos condizentes à sua conexão com a natureza, o público e a música. Nosso Go Girl de hoje é com ela, confira o papo:

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Ekanta, obrigada por nos conceder essa entrevista! São décadas de carreira e experiência nos palcos e no estúdio. Qual a grande diferença e semelhança entre a Ekanta que começou em Amsterdã para a Ekanta artista consolidada de agora?

"A Ekanta de antes tinha um grande sonho que parecia quase impossível ,mas que com muita coragem e fé acabou conquistando. A mesma Ekanta , hoje com a carreira consolidada,  tem o desafio de sempre se reinventar, se atualizar e crescer, porque a cena que ela ajudou a criar hoje é muito grande e bem diferente".

Ao longo dos anos, quais experiências te marcaram profundamente como artista?

" Uau! São muitos anos e muitas experiências diferentes… cada festa, festival, gig, é uma experiência nova, bom né? Várias marcantes…

Uma vez em Alto Paraíso, Dia Fora do Tempo, cruzei um riacho levando um case super pesado de vinil. Uma vez numa festa grande, em Goiânia, o phone não funcionou, o link não funcionou, a música parou. Uma vez no Universo Paralello dei eject na música que estava tocando… Mas nem só as experiências ruins foram marcantes, tiveram as boas também. Eu tocando Jurema e as pessoas se abraçando num abraço coletivo que cresceu e cresceu. Abrindo a pista num festival da Alemanha e ser tudo lindo, tocar em Amsterdam e na hora o sol brilhar e um arco íris aparecer… Como eu disse, são muitas. Daria um livro!".

Você inspirou milhares de artistas mulheres a tomar frente em seus propósitos com a música. Independente da vertente, quais artistas recém-chegadas na cena eletrônica você tem escutado?

"Então, não só as "recém chegadas", mas "talentos brasileiras" que tenho acompanhado e admirado pela garra, criatividade e claro boa música: Curol, Monik, Soulshine, Psique, Garnet, Killary".

Sobre suas viagens, quais cantos do planeta visitou que mais te inspiraram em seus processos de cura e com a música?

"Sem dúvida a Índia! Mas as vivências em Amsterdam e Alto Paraíso foram muito importantes e me tornaram quem eu sou hoje".

A cena segue passando por diversas transformações políticas e sociais. Como você avalia o atual momento do Psytrance no Brasil?

"Temos muita música boa, muitos artistas super criativos e inovadores, mas ao mesmo tempo no momento a situação está difícil. Pós pandemia o mercado do psy ainda não voltou 100 %, com vários produtores de eventos desistindo, levando prejuízos, artistas sem gigs, com depressão e querendo parar de tocar. Mas a gente acredita que tudo vai melhorar e que 2023 nos traga boas novas!".

Quais são os planos de Ekanta para 2023? Tem alguma mensagem para o público?

"Este ano estou mais focada na carreira internacional, após muito tempo, vou tocar na Europa, estou bem feliz com essa tour. Além disso, Tailândia, México e Chile. Também tenho o projeto de psytech vs com o Bervon, que quero por pra frente neste ano.

Sair da zona de conforto é sempre um desafio engrandecedor! E para o público: Estamos passando por um momento difícil, mas não vamos desistir! Fé na Vida!".

Ekanta Jake está no Instagram.

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