Entrevista

Go Girl #44: AZV tem a música na alma e joga a energia lá no alto

Otávio Apovian
We Go Out

Descrição da Imagem
Entrevista

DJ desde os 17 anos, Letícia Azevedo tem a música em suas veias. Do Open Format à House Music, a artista tocou com seu projeto AZV em alguns dos principais bares e clubs de Belo Horizonte, além de ter bombado as pistas de grandes eventos universitários de Minas.

Longe das pistas, Letícia é criadora de conteúdo informativo sobre música eletrônica no Instagram e TikTok, trazendo muitos lançamentos quentes, curiosidades, gigs e muito mais. Vale muito a pena conferir!

Trabalhando um lado B com foco na House Music e suas vertentes, a artista lançou seu projeto Letícia AZV e que promete muitas novidades para os próximos meses! Nosso Go Girl de hoje é com ela, AZV! Confira o papo:

Hello AZV! Em 2017 você começou como DJ e desde o início dessa jornada você sempre teve a música eletrônica por perto. Como começou sua relação com o gênero, e o que fez você se apaixonar pela música eletrônica?

"Na minha casa, tudo sempre foi feito ao som de música. A rádio ficava ligada 24h por dia, então cresci ouvindo o que estava no top das paradas internacionais. Desde essa época, as tracks que mais chamavam a minha atenção eram as que estavam mais relacionadas com música eletrônica, principalmente Summer Eletrohits hahahaha. A partir daí, comecei a ir pesquisando mais e mais sobre o assunto, acompanhar alguns DJs e produtores... 

"Tinha muita vontade de trabalhar nesse segmento, mas na minha cabeça era algo MUITO distante, principalmente porque eu não tinha muitas referências femininas na época, não sabia que seria algo possível para mim. Fiz o que dava: comecei a fazer aula de violão, entender um pouco mais do assunto e, quando vi, surgiu a oportunidade de virar DJ e entrar nesse meio! Comecei como DJ de Open Format e fui segmentando melhor o meu projeto de acordo com o que eu gostava mais de tocar."

Quais são as artistas que mais inspiram seu trabalho, além do lado musical?

"Acredito que a principal, atualmente, seria a Anitta. Ela é uma pessoa extremamente dedicada e ambiciosa, que corre atrás do que quer e ninguém consegue parar! Não tem medo de desafios, não se importa se alguém falar que é impossível, ela se dedica e prova que é capaz. Ela possui personalidade, fala o que quer, bate de frente se precisar, experimenta em vários segmentos profissionais e ainda se diverte bastante!"

Dentro da música eletrônica, quais são suas principais referências femininas no estúdio e no palco?

"Algumas artistas que eu admiro muito atualmente são: a Ashibah, que faz um trabalho INCRÍVEL! Assistir um set dela é se encantar com a simpatia, presença de palco, talento... me inspira muito! A Charlotte de Witte, que manda muito em questão de som e que tem conquistado vários espaços importantes na cena, tanto em relação ao Techno e a ser mulher dentro do segmento, como ter sido a primeira mulher a fechar o Mainstage do Tomorrowland este ano. E, por fim, mas não menos importante, a Eli Iwasa, que é uma DJ brasileira que tem uma qualidade de trabalho impecável e é um nome que se faz presente na história da música eletrônica no Brasil desde muuuito tempo!"

Além de clubs, você também já se apresentou em muitas festas universitárias em Belo Horizonte e no interior de Minas! Como é a recepção da música eletrônica nesses eventos?

"Num geral, a recepção é bem boa! Tento ao máximo jogar a energia lá no alto e trazer referências que até quem não goste de eletrônica consiga curtir bastante. Em algumas festas, quando percebo que é um público que gosta muito desse estilo, consigo experimentar mais, tocar algumas tracks mais específicas e fico muito feliz quando isso acontece!"

Longe das pistas, você também apresentou o quadro "Toca Disco" na Rede Minas! Como foi a experiência de trabalhar na televisão, e de apresentar esse conteúdo que geralmente não tem espaço nesse tipo de mídia? 

"Foi uma experiência muito especial! Ter essa oportunidade aos 20 anos, de ter um espaço na TV para falar do que eu mais amo, foi incrível. Sou muito grata pelo espaço, oportunidade e confiança da equipe, pois tinha a liberdade de escolher os convidados e fazer parte de todos os processos do quadro, desde conversar com os DJs, preparar as entrevistas, conversar com os artistas, enfim... Me abriu muitas portas e ficava muito feliz em poder mostrar os vários lados da profissão que, além de ser muito diversa, muitas vezes, as pessoas não conhecem muito bem!"

Ainda fora das pistas, você cria conteúdo para as redes sociais e já coleciona milhares de seguidores no TikTok! Como tem sido essa experiência de criar conteúdo sobre música eletrônica e propagar ainda mais informação e música boa para as pessoas? Que aprendizados você tira dos anos trabalhando nas redes sociais?

"Tem sido incrível! Eu sempre fui uma pessoa que gosta muito de falar rs, e queria uma forma de compartilhar um pouco mais sobre os meus gostos, gerar uma conexão legal com quem também gosta de música eletrônica. Percebi que existia essa oportunidade dentro do nicho em relação à produção de conteúdo e comecei a postar! Eu posto conteúdos desde 2015, mas firmei meu nicho durante a pandemia, em que eu ficava dentro de casa e não tinha como falar ao vivo sobre com as pessoas... então comecei a postar nas minhas redes e acabou dando certo! Fazia lives semanais tocando no TikTok para trocar ideia e matar a saudade de festa com os seguidores, era muito bacana encontrar tanta gente que também gosta do gênero e que também sentia essa falta."

"Um dos maiores aprendizados que eu tive foi em relação à forma que eu lido com a opinião das outras pessoas em relação a mim. Durante muito tempo, tive vergonha de fazer as coisas por medo de julgamento, mas fui percebendo que o mais importante é fazer o que gostamos, que encontraremos pessoas que também vão se identificar, porque é impossível agradar a todos. Outra coisa, que parece papo furado, mas não é: a gente não começa sabendo fazer tudo perfeitamente, o importante é iniciar e ir ajustando aos poucos que, com paciência, tudo se ajeita!"

Nos últimos meses você tem trabalhado no seu projeto Letícia AZV, voltado para a House Music e suas vertentes! O que podemos esperar do projeto para o futuro próximo? 

"Estou muito animada com esse projeto mais lado B, em que eu posso tocar um som que eu AMO e dedicar 100% à música eletrônica. Estou cuidando de tudo com muito carinho e atenção, pois é algo muito importante para mim, então estou produzindo algumas tracks, aprendendo e estudando cada vez mais, além de preparar sets e apresentações muito especiais! Esperem a vibe lá no alto! Hahahaha"

FICHA GO GIRL AZV

  1. Nome completo: Letícia Alves Azevedo
  2. Onde nasceu: Santos - SP
  3. Música favorita da vida: Neon – John Mayer
  4. Collab dos sonhos: Chris Lake/John Summit

Leia também: Go Girl #43: com muito Disco e House FRAAAN enche as pistas do Brasil

Otávio Apovian

Otávio Apovian

Graduado em Publicidade (ESPM-SP); DJ e produtor musical no projeto Apollorabbit. Onde encontrar: nas pistas mais obscuras e com sons cabeçudos

CONFIRA MAIS

Ler mais

NOTÍCIAS RELACIONADAS