Entrevista

Go Girl #30: Pricila Diaz mostra ao mundo sua sede por inspirar, mover e emocionar

Otávio Apovian
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Entrevista

Pricila Diaz é DJ, produtora, ativista cultural e idealizadora e co-fundadora do único club dedicado à música eletrônica na Baixada Santista, o CAVE Club. A artista coleciona em seu currículo apresentações em eventos e clubs de peso, como Warung Tour, Caos, Café De La Musique, além de residência na festa Soulshaker e em seu próprio club. Como se não fosse suficiente para seus primeiros anos de carreira, a jovem está confirmadíssima para sua estreia no DGTL São Paulo em Abril de 2022 e promete muitas novidades e lançamentos para o ano.

Batemos um papo muito especial com Pricila Diaz sobre sua história, carreira, inspirações além de outras novidades. Confira!

Hello Pricila! Tudo bem por aí? Conta pra gente, desde quando a música faz parte da sua vida? Quais foram suas primeiras referências sonoras, e o que fez você querer levar a música para sua vida profissional?

Oii pessoal! Tudo certo! Obrigada pelo convite! <3 Desde criança eu amo música, principalmente eletrônica. Joguei tênis de mesa desde os meus 9 anos de idade e sempre que tinha que treinar ou fazer o aquecimento eu tava lá procurando músicas pra dar aquele up no treino, e também sempre fui aquela amiga que insistia pra galera ouvir as músicas que eu achava! hahaha

Uns 6 anos atrás eu fui pela primeira vez na Anzu Club, foi meu primeiro evento de música eletrônica… E quem estava tocando era o Vintage. Nesse dia me apaixonei de vez e sempre que podia estava nos roles!

Em 2018 voltei a morar em Santos (minha cidade natal) e tive a oportunidade de estar mais perto ainda desse mundo da música porque rolavam muitas festinhas de vários núcleos regionais… Nessa época acabei fazendo um curso de DJ na Dj Ban em SP, depois de 3 meses já estava tocando e aos poucos fui largando minha outra profissão (educadora física) e passei a me dedicar 100% a carreira na música.

Quais são as artistas femininas que mais te inspiram, tanto no âmbito musical, quanto em outros tipos de arte?

Whitney Houston, Rihanna, Honey Dijon, Peggy Gou, Shamsia Hassani, Angelina Jolie… Fora as Brasileiras que a gente acompanha a caminhada mais de perto: Eli Iwasa, Ella De Vuono, Valentina Luz.

Sendo mulher, empreendedora, artista e ativista, imaginamos que você tenha enfrentado vários desafios. Quais foram os principais desafios que você enfrentou na sua jornada no mercado da música eletrônica? Como lidou com eles, e quais foram seus principais aprendizados? 

Os maiores desafios que enfrentei foram como empreendedora, alguns homens não respeitam muito o fato de eu ser mulher e ser nova, às vezes tentam intimidar ou levar alguma vantagem nas negociações… Temos que estar sempre atentas.

Como DJ eu acho que ser mulher sempre me beneficiou mais do que "atrapalhou", sinto que eu possa ter tido mais oportunidades, do que se fosse um homem. Mas nunca terei certeza! hahaha

Qual foi o momento em que você percebeu que sua carreira tinha dado uma guinada para o sucesso?

Eu ainda não me considero uma pessoa de sucesso… Quando eu comecei a tocar meus objetivos eram outros e conforme fui atingindo eles, a meta multiplicou por 100 mil. Então se for considerar onde quero chegar, ainda estou longe!

Mas me sinto realizada e no caminho, e isso aconteceu quando surgiram minhas residências e a oportunidade de fundar a Cave, consequentemente me tornando uma das responsáveis por fomentar a cena na minha região, seja como DJ ou como "dona" de Club. rs

Sobre seu mais novo lançamento, o EP "I N Y N", que saiu pela espanhola Sibil-la Music, como foi seu processo criativo para construir essas tracks? A sensação de chegar ao top 58 do Tech House no Beatport deve ser incrível! Você já teve a oportunidade de tocar as tracks nos seus sets ao vivo?

Esse EP é MUITO significante pra mim. Ele veio após quase 2 anos de pandemia, eu havia trocado o nome do meu projeto e a track  I N Y N foi a primeira que eu terminei e senti que estava pronta pra ser lançada, é meu primeiro EP da carreira, meu primeiro lançamento com o projeto novo e primeiro lançamento internacional. 

Querendo ou não, esse EP teve um peso muito grande sobre tudo que eu almejei e sempre vou lembrar dele como uma superação. Não esperava que a I N Y N pudesse atingir os top 58 releases, eu já estava realizada por tudo isso que contei e ainda está caindo a ficha com tudo isso!

Eu toquei as tracks sim, procuro sempre testar na pista primeiro antes de pensar no que fazer com elas! Sempre é muito emocionante quando a galera reage bem, são momentos que eu vou lembrar pra sempre!

2022 mal começou e você já tem importantes lançamentos programados para os primeiros meses, três inclusive por gravadoras internacionais! O que podemos esperar do som de Pricila Diaz em para esse ano?

Podem esperar muita música nova! Tenho trabalhado bastante nisso, quero fazer hit, quero fazer música pra quem tá apaixonado, música pra dançar, pra curtir uma praia, pra inspirar… A minha intenção é criar e compartilhar todas essas sensações com vocês!

Conta pra gente um pouco de como foi o processo de concepção do Cave Club, o único clube de música eletrônica na baixada santista? Como têm sido essa experiência?

A Cave foi criada em 2019 juntamente com a minha sócia Laís Ribeiro. Pegamos o local bem maltratado, reformamos e criamos o Cave com a intenção principal em focar no fortalecimento da cena de música eletrônica na Baixada Santista e se tornar um Club referência na região.

Antes o pessoal sempre tinha que ir até São Paulo pois não encontravam esse tipo de entretenimento por aqui. 

Tem sido muito gratificante todo esse trabalho, criamos um conceito e acolhemos a cena local, nosso público também vem se mostrando cada vez mais fiel, se mostram presente a cada edição prestigiando cada artista que trazemos.

Toda a cena está em expansão, tanto o público, como a qualidade dos eventos e artistas cada vez melhores.

Como você se prepara para uma gig? Tem algum ritual que nunca falha?

Uns 2 dias antes eu já começo a ficar meio off de tudo, bem focada. Separo mais ou menos o dobro ou o triplo de músicas pro tempo que vou ter no set e ao mesmo tempo continuo procurando músicas sem parar e às vezes até finalizando alguma de última hora pra tocar…hahah Resumindo, eu fico na bolha e procuro descansar bem, pra chegar focada e com disposição pros meus sets!

Além de tocar em clubs gigantes como Caos, Café De La Musique, fora o Warung Tour e sua residência na festa Soulshaker, você está confirmadíssima para a DGTL São Paulo 2022! Como você se sente em relação a isso? O que podemos esperar de Pricila Diaz na DGTL São Paulo?

Primeiramente, estou muito feliz e muito orgulhosa de fazer parte de um festival desse tamanho com artistas gigantescos. Estou me preparando desde já, podem esperar uma apresentação linda com 100% de entrega, groove e com certeza algumas músicas autorais! 

Além da sua estréia na DGTL, tem alguma novidade especial vindo por aí que você possa contar pra gente?

Tem sim, mas por enquanto é segredo, esperando se concretizar primeiro!

Ficha Go Girl - Pricila Diaz

Nome Completo: Priscila do Nascimento Dias
Onde nasceu: Santos - SP
Música Favorita da vida: Impossível responder essa, mas vou responder uma que marcou minha vida: Vintage Culture, Constatinne, Felten - Eyes
Collab dos sonhos: Dennis Cruz

Leia também: GoGirl #29: Jess Benevides mergulha no que alimenta sua alma: a música

Otávio Apovian

Otávio Apovian

Graduado em Publicidade (ESPM-SP); DJ e produtor musical no projeto Apollorabbit. Onde encontrar: nas pistas mais obscuras e com sons cabeçudos

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