Graças à tecnologia, podemos hoje consumir música e diferentes tipos de conteúdo dando apenas toques no smartphone ou alguns cliques pelo desktop. Com Spotify, Youtube, Soundcloud ou qualquer outra plataforma de streaming de áudio, escutamos, conhecemos e estamos mais próximo de artistas que, no passado, nunca nem iríamos ouvir falar sobre - obrigado, internet!
Separados por pouco mais de 15 mil quilômetros, a Austrália muito provavelmente é um país que você se lembre pelas praias paradisíacas e o clima tropical, poucas devem ser suas referências musicais de lá, mas saiba que tem sim uma cena - ainda pequena - interessante e que vale a pena conhecer nem que seja um pouquinho.
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Vinicius Pereira Silva aka LoopBass, é um artista brasileiro que atualmente reside na Gold Coast, no Leste da Austrália, onde tem fortalecido seu lado artística e moldado sua identidade sonora com mais precisão, mantendo presença em alguns clubs e festivais do país e, claro, absorvendo o que a cena local oferece. Conversando com ele, uma das primeiras indicações feitas foi a label 43 Degrees Records, que apesar de ter nascido na Austrália, é gerenciada por brasileiros. “O foco deles é principalmente produtores de Tech House e Deep House, lançando em menor escala faixas voltadas ao Techno e ao Progressive House, mas é uma sonzeira de primeira”, afirmou.
Agora, se você pensa em marcar uma viagem e deseja pegar uma noite em um club respeitado, são duas as indicações principais: Elsewhere e Next Level, ambos frequentemente apresentam nomes conceituados da cena underground em seus lineups. “O Next Level foi inaugurado recentemente e tem sound system da Funktion One. O Elsewhere já é mais tradicional e tá sempre trazendo nomes de respeito. Neste ano já rolou Yolanda Be Cool, Sirus Hood, Emanuel Satie...”, comentou LoopBass.
Há também alguns festivais que, dependendo da época, você pode marcar presença. O Bohemian Beatfreaks, por exemplo, rola de 22 a 24 de novembro e tem Cristoph, Walker & Royce e até os brasileiros Dubdogz. Outro bastante conhecido é o Rabbit Eats Lettuce, festival focado em techno e tech house que começou em 2008 e hoje faz parte da rotina dos clubbers de música underground - a próxima edição é em abril de 2020, no feriado de Páscoa.
Quer mais indicações de festivais? O Vini tem também. “É o que não falta por aqui”, ele diz. “Temos os mais variados estilos dentro da música eletrônica. Dos que eu já fui, recomendo muito o Earth Frequency, festival que rola em fevereiro com uma pegada bem familiar, até com área exclusiva para crianças. A predominância é do psytrance. No segundo semestre acontece o Elements Festival, também do Psy, crescendo a cada ano. Outros que também merecem ser citados são Rainbow Serpent, Stereosonic, Subsonic, Happy Daze Festival, Babylon Festival e Dragon Dreaming”, destacou.
Algumas curiosidades interessantes que vale a pena ressaltar é que em todos os festivais que ele já frequentou permitiam a entrada com bebidas alcoólicas e até mesmo estacionar o carro ao lado da barraca. “A galera costuma montar grandes estruturas em seus campings, é algo que a gente não vê no Brasil”, contou Vini.
E já que estamos falando do Brasil, não há como não perguntar sobre núcleos independentes, que estão cada vez mais em alta por aqui. Uma das crews que merece destaque por lá, segundo LoopBass, é a Eden QLD. “Quem comanda é o DJ Taglo, eles atuam como label party e são responsáveis por trazer grandes nomes como Blastoyz, Coming Soon, Deborah De Luca e Oliver Smith, são alguns artistas que eles já trouxeram e me veem à cabeça”.
Para finalizar, pedimos uma lista de alguns artistas que ele nos recomendaria conhecer, e os nomes que apareceram foram: Volkiene, Kase Kochen, Zigmon, Tranceducer Taglo e Wilma.
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Jode Seraphim
Graduação em Marketing (USP); 1 ano de experiência em Marketing Digital na DHL (Alemanha); 12 anos de experiência nas áreas de marketing, mkt digital e trade. Onde encontrar: comemorando os fogos no mainstage