Ricardo Villalobos: conheça a trajetória do ícone da música eletrônica que se apresenta em São Paulo

No dia 22 de março, São Paulo recebe o grande Ricardo Villalobos no Complexo Canindé. A base de fãs dedicada pode esperar uma jornada sonora hipnótica, repleta de interlúdios sonhadores, de danças e movimentos de cabelo e, por que não, um ou outro desvio.

Um dos favoritos de muitos e uma lenda entre os DJs, Ricardo Villalobos é um nome que ressoa nos círculos da música eletrônica. Conhecido por sua habilidade em mixar vinis de forma fluida e criativa, além de sua persona carismática e espirituosa por trás dos decks, sua carreira é um fenômeno que resistiu ao teste do tempo, consistentemente seguindo seu próprio caminho apesar das mudanças de gostos e movimentos musicais.

Sua jornada artística tem raízes profundas em lugares emblemáticos como o Dorian Gray em Frankfurt, influências de bandas icônicas como Depeche Mode e os primeiros registros de techno de Detroit.

Qualquer pessoa que já tenha visto Ricardo em ação sabe que ele não se prende às fórmulas 4/4 e raramente toca exatamente o que a multidão espera. As etiquetas tradicionais como minimal, techno, house ou experimental não conseguem capturar a verdadeira essência do universo musical do DJ e produtor germano-chileno, que mistura tudo isso com um toque de ritmos latinos. 

Sua carreira se entrelaça com o surgimento de gravadoras inovadoras como Playhouse e Perlon, com uma abordagem experimental à estrutura das músicas, composições longas e um uso criativo de equipamentos de estúdio e tecnologia musical, explorando sonoridades que vão desde clicks e cuts a sistemas modulares e club tool tracks a experimentações com o jazz de vanguarda.

Independentemente de você amar ou odiar o que ele faz, que pode soar como obras-primas ou um pouco estranho, é inegável seu brilhantismo ao criar músicas eletrônicas notáveis construídas em torno de poucos elementos.

*Imagem: divulgação.

Desde que surgiu na cena no final dos anos 90, Ricardo encanta e fascina não apenas multidões, como comprova o clássico vídeo da Love Parade de 2006, em Berlin, tocando pra 300 mil pessoas, mas também diversos artistas - sem falar no nosso querido Zeca Camargo e sua famosa matéria intitulada “Villalobos, o messias”, publicada em 2007 no portal G1.

Em uma matéria da Mixmag em que DJs contam sets que mudaram suas vidas, Jamie Jones cita Villalobos em 2005 na Cocoon, em Ibiza. Ele relata que, ao lado do amigo Damian Lazarus, ficaram impressionados com a seleção de músicas, a resistência e a presença de palco do chileno, que misturou house e techno de uma maneira que nunca viram antes - "Yeah, it's unbelievable".

*Imagem: divulgação.

Estamos prontos para receber nosso inimigo do fim favorito, que repetidamente comprova em seus “extended sets” que realmente “não gosta de dormir"!

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*Texto por Carla Daniela Kons Franco

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