Não é de hoje que eu vejo algum festival grande acontecendo na América Latina e fico morrendo de vontade de ir. Já passaram tantos, como a Creamfields e o Ultra, que eu sempre pensava em programar, mas acabava não indo. Foi então que em maio de 2014, eu e mais 3 amigas resolvemos ir no Time Warp Argentina, em Buenos Aires, depois de ter sido anunciado um line-up irrecusável.
Juntar Richie Hawtin, Chris Liebing, Loco Dice, Luciano, além de nomes do momento como The Martinez Brothers e Tale of Us não era ato que se via tão facilmente pela América Latina.
Para quem não conhece o Time Warp, é um grande festival alemão focado principalmente em techno que acontece desde 1994 e teve edições em vários países, como Holanda, Itália e Estados Unidos. A escolha argentina deve ser pelo amor que os hermanos tem pelo estilo musical, que inclusive já revelou grandes artistas como Hernan Cattaneo, Guti e Barem.
Um detalhe importante que antecedeu ao evento foi a retirada dos ingressos. Ela deveria acontecer até algumas horas antes do evento, pelo titular da compra. Ou seja, não tinha a opção de chegar na capital e ir direto para o evento! Como nosso vôo estava marcado pra chegar na sexta a noite, isso era um grande problema! Por sorte uma das meninas chegou uns dias antes e retirou pra nós!
O acesso ao local era tranquilo, pois o Centro Costa Salgueiro não era afastado da cidade, bem próximo ao Aeroparque Jorge Newbery (AEP). Como estávamos em 4 pessoas, optamos por ir de taxi que o valor ficava tranquilo. O festival rolava durante a noite (das 21h ás 6h). Com capacidade para 15.000 pessoas, o ambiente era dividido em 2 pistas, coberto, como um galpão gigante. Isso ajudava no aspecto underground que o festival queria transmitir, mas definitivamente não ajudava na questão do calor e lotação.
Logo nas primeiras horas de festa a pista principal já estava cheia e encontramos bastante dificuldade em se locomover até o bar, banheiro e até achar um canto agradável pra curtir a música. Outro detalhe é que os argentinos tem um jeito particular de dançar eletrônico, vamos dizer que um pouco empolgados demais =)
De qualquer forma a sequência dos DJs fez valer cada minuto dentro do evento e no segundo dia já estávamos mais espertas, buscamos um espaço melhor e conseguimos curtir mais.
Nesse ano terá a terceira edição latina do festival em Buenos Aires, nos dias 15 e 16 de abril. As entradas estão em torno de R$250 para os dois dias e o line-up foi anunciado há poucos dias, com nomes de peso como Dixon, Maceo Plex, Ricardo Villalobos, Recondite, Sven Vath e MUITOS outros! O line-up completo e mais informações sobre o festival você encontra aqui!
- Hospedagem:
- Ficamos hospedada no Hostel Suites Palermo, muito bem localizado, estrutura necessária e agradável, com um valor aproximado de R$60 em quarto compartilhado ou R$100 em quarto privado. O bairro Palermo é o mais indicado para quem quer passar o fim de semana do evento, pois durante o dia você pode passear pelas ruas que oferecem feira, restaurantes e lojinhas.
- Ingressos:
- Como falei, se programe para a retirada do ingresso e veja a melhor forma pra você não entrar em uma furada. Chegar antes do evento e escolher um posto de troca central é importante pra evitar stress.
- Bebidas e comidas:
- Não lembro de muitos detalhes de preços, mas lembro que eram salgados e não era bebida de primeira. O energético oferecido era quase impossível de tomar. Filas para compra de fichas e retirada de bebidas eram comuns durante toda a noite, portanto vale se programar pra comprar tudo de uma vez e ficar em um lugar com fácil acesso ao bar.
- Passagem:
- As passagens para Buenos Aires nessa época estão em torno de R$1.000 com taxa, mas promoções estão sempre abrindo. Além de que é possível achar trechos com milhas reduzidas pela Smiles e TAM.
Bruna Antero
Pós-Graduação em Engenharia de Marketing (USP); Graduação em Administração (UFPR PR); 13 anos de experiência nas áreas de marketing, trade e vendas. Onde encontrar: em algum palco underground explorando novos artistas e em alguns afters