Três dos maiores festivais independentes do Brasil se uniram para criar o novo projeto de NFTs. A Bananada, de Goiás; No Ar Coquetel Molotov, do Pernambuco e DoSol, do Rio Grande do Norte para lançar o projeto ATROÁ - corruptela de "A Trois" (ou traduzindo, "A Três") - em parceria com a primeira plataforma de NFTs do Brasil, a Phonogram.me.
A demanda pelo digital se acelerou com a pandemia e fez com que os tokens não-fungíveis (NFTs) começassem a ser conhecidos pelo mundo. Considerando o mercado hiper ativo de criptomoedas e o interesse contínuo por esta nova forma de negócios, rapidamente o meio artístico passou a usar o NFT como produto. Com isso, qualquer tipo de arte (seja música, ilustração ou livro, por exemplo) pode ser registrado virtualmente em um blockchain e comercializado.
No Brasil, pela Phonogram.me qualquer um pode investir em produtos ligados à música como uma espécie de bolsa de valores virtual, similar ao mercado de ações operando com vários compradores. A proposta por trás da plataforma é criar uma nova forma de monetização para o universo musical brasileiro. A plataforma também incluirá o uso mais conhecido de NFTs no mercado musical: o registro e venda de discos, faixas e outros produtos como tokens não fungíveis, com certificados digitais comprovando sua autenticidade em rede blockchain.
Então como os NFTs representam oportunidades de investimento para além do material físico, o ATROÁ está oferecendo uma experiência inigualável que pode ser adquirida em leilões através do Phonogram.me. Em cada lote do leilão, será possível comprar CryptoPasses que darão direito à entrada livre a todas as ações digitais e físicas dos festivais Bananada, Coquetel Molotov e DoSol, montadas em Goiânia, Recife e Natal, ou em qualquer parte do Brasil e do mundo quando os eventos físicos forem liberados. ATROÁ é uma iniciativa pioneira no mundo oferecendo por valores simbólicos uma quantia de ingressos vitalícios personalizados em festivais de música.
" Foi um grande desejo a realização de um trabalho em conjunto do Bananada, Coquetel Molotov e DoSol e suas equipes desde sempre. Somos parceiros em várias situações e queríamos ter um negócio conjunto", revela Fabrício Nobre do Bananada. De acordo com ele, a ideia dos CryptoPasses veio de Anderson Foca (do festival DoSol), quando pensaram em vender ingressos em conjunto no momento de retomada dos shows. " Seria uma espécie de cadeira cativa. Estas cadeiras cativas se transformaram em ingressos pra vida e logo decidimos utilizar a tecnologia dos NFTs", explica.
O NFT contém um link que será desbloqueado no momento da compra. Por meio deste link os compradores poderão fazer o download de arquivos exclusivos disponibilizados pelos festivais do ATROÁ. E também por meio deste até, no máximo, um mês antes dos eventos, será possível fazer download das regras de utilização dos CryptoPasses.
Além do CryptoPass que vem numerado, em formato de vídeo, com uma obra de arte 3D criada pelo coletivo ROSABEGE e trilha sonora composta por Benke Ferraz e Anderson Foca, é possível comprar pelo leilão alguns combos. Um deles vem com um obra especial criada pelos artistas visuais Maria Eugênia Franco e Caio Vitoriano que foi transformada em poster em serigrafia e que será enviado aos primeiros compradores dos CryptoPasses. Em outro lote é possível também adquirir o fonograma criado por meio de NFT. A compra do NFT, no entanto, não cede direitos de exploração comercial do fonograma e o envio do material físico fica restrito à primeira venda de lotes.
Os lances e ofertas dos lotes começam a partir do dia 26 de junho e seguem de forma online até esgotarem e mesmo esgotados, o comprador original pode revender o seu CryptoPass de forma legal, caso haja interesse. No total são 100 CryptoPasses em que o primeiro vendido inclui o cartaz, o segundo vem junto com o fonograma e do terceiro ao 100º os compradores adquirem apenas os ingressos vitalícios. Todo o processo é feito pelo site Phonogram.me que irá realizar a certificação da compra e a entrega dos CryptoPasses e obras relacionadas.
" Quando começamos a discutir a possibilidade de criarmos a venda desse ingresso em conjunto, já estava sendo desenvolvida a plataforma Phonogram.me e tivemos uma reunião com eles para entender como iriam funcionar”, lembra Ana Garcia do Coquetel Molotov. A plataforma deve facilitar a venda para o público , uma vez que “ o usuário pode comprar a moeda na própria plataforma com conversão em real. É possível fazer a compra via Pix e resgatar a quantidade comprada a qualquer momento", ressalta Ana.
Você pode encontrar mais informações aqui.
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Otávio Apovian
Graduado em Publicidade (ESPM-SP); DJ e produtor musical no projeto Apollorabbit. Onde encontrar: nas pistas mais obscuras e com sons cabeçudos