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Governors Ball em Nova York: Como foi o Festival

Jode Seraphim
We Go Out

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Em 2016 nós fomos conhecer e curtir o festival Governors Ball em Nova York! Não resistimos a um line up com The Strokes e The Killers como headliners, e tantas outras bandas boas em um lugar novo para explorarmos!

Chegamos na sexta-feira do festival em Nova York. Para o nosso azar, a semana inteira tinha feito sol e a previsão para o final de semana era de tempo nublado ou chuva, mas pelo menos a temperatura estava agradável.

Ficamos hospedadas na casa de um amigo em Manhattan, do lado do Central Park. Decidimos pela opção mais barata para chegar no festival: pegar o trem até a estação 125, e andar até a ilha, que no site dizia 20 minutos. Pegamos a linha D, expressa, e rapidinho chegamos na 125.  Olhamos no mapa e percebemos que a distância era bem maior que o esperado: 10 quadras (grandes) para chegar na ponte que dava acesso ao festival. Depois de muita caminhada, chegamos e demos de cara com uma fila enorme para retirar a pulseirinha, o que nos fez ouvir da parte de fora Of Monsters and Men entrar no palco.


Pulseirinha no pulso, não pegamos fila para entrar no festival, passamos por uma revista bem tranquila e 5 minutos depois estávamos já vendo o palco onde OMAM estava tocando. Na nossa cabeça a ilha era muito maior, mas quando chegamos percebemos que não era naaaada comparada ao Autódromo de Interlagos. Super fácil de se locomover e de andar entre os palcos. Conseguimos um lugar bem pertinho do palco e percebemos que eles faziam um show bem diferente do que tínhamos visto no Lolla, com um público bem quieto que só animou quando tocou Little Talks.


Fomos pegar uma bebida e aí fomos surpreendidas! Considerando os preços dos festivais brasileiros, estávamos esperando uma cerveja a uns $5 / $7 dólares. Para tristeza do nosso bolso existiam basicamente as opções: cerveja de 500ml por $10 dólares, a de $750ml $13 dólares e drinks pela bagatela de $13 dólares o pequeno e $23 o grande.  Como quem converte não se diverte, esquecemos que a cervejinha estava custando 50 reais, pegamos uma e fomos dar uma volta nos outros palcos.




Chegamos no palco Bacardi, que estava rolando Duke Dumont. A galera estava MUITO animada e vibrou quando tocou Ocean Drive. Em vários lugares do Governors Ball existem pontos para tirar foto: Uma estátua da Liberdade, quadros com o nome do festival, ativações de marca. É tudo muito legal e ajuda bastante a levar boas lembranças para casa! 


Chegamos em uma outra área que tinham dois palcos, um de frente para o outro, e que não funcionavam simultaneamente para não interferir no som. Fomos ver o show do Matt e Kim e não esperávamos que fosse tão divertido. Basicamente Matt é o cantor/ guitarrista e a Kim é uma mulher muito louca, que toca bateria demais, e fala palavrão e conta histórias obscenas durante o show. Para se ter uma ideia ela resolveu mostrar uma das suas tatuagens intimas no meio do show hehe.

Voltamos para a tenda Bacardi e Jamie XX tocava para um público tão empolgado quanto Duke Dumont. Nós resolvemos comer (vários food trucks e a média de $10 por comida) e nos preparar para ver The Strokes. Apesar de escutar o som deles desde que me entendo por gente, nunca tinha visto um show e estava com a expectativa muito alta. Li vários reviews de que foi sensacional, mas para mim foi longe de ser. Eles foram a única banda que atrasou, e ficamos meia hora esperando o Julian Casablanca entrar em um palco bem escuro (que ficou assim durante quase todo o show), com uma fumaça chata. Eles entraram com uma sequência de músicas antigas desconhecidas e músicas novas, que tinham tocado pela primeira vez num warm up do festival naquela semana em Nova York. Senti que não era só eu perdida ali, a gente estava relativamente perto do palco e não tinha muita gente cantando a plenos pulmões na primeira metade do show. Pelo menos em algum momento eles embalaram só com hits e animaram bastante no final.

Já calejadas de tanto pegar muvuca na hora de ir emboras dos festivais, saímos na penúltima música para assistir o final do show de longe, perto da saída, onde vimos os fogos. Apesar de termos nos antecipado, foi aquele caos de sempre, com muita gente para entrar num caminho estreito que dava acesso para atravessar a ponte.



Acordamos para o segundo dia e resolvemos entrar em todas as ativações de marca. Tiramos fotos no stand da Coca-Cola, fomos experimentar um sabor diferente da água Perrier, descobrimos um campo de golf (tinha americano fazendo fila para jogar) e no meio do caminho pegamos um Häagen-Dazs. Decidimos ir para a “Pista silenciosa” - Sabe aquele esquema de cada um pegar um fone e dançar ao som do que você ouve sem estar tocando nada no ambiente? Foi uma experiência diferente e divertida!

O primeiro show do dia foi HAIM. Já tínhamos assistido um show delas no Coachella e sabíamos que elas eram muito boas. Chegamos perto do palco e do nada caiu uma baita chuva. Muito prevenidas nós pegamos nossas capas de chuva (3 por R$10 – que não usamos no último Lolla), e o pessoal ficou de cara. Várias pessoas vieram perguntar ~MEU DEUS ONDE VOCE ARRANJOU ISSO?~.  Nos sentimos no auge da esperteza brasileira!

Depois de muita chuva durante o resto do dia, milagrosamente, 10 minutos antes do show começar o céu limpou! Nos posicionamos e não demorou muito para entrar um Brandon Flowers mega carismático fazendo todo mundo pular berrando cada frase de  Mr. Brightside. O show foi inteiro de clássicos com uma platéia super empolgada o tempo inteiro. Muitos foram ao delírio com o cover de Interpol, e mesmo quem não conhecia pareceu curtir. Foram quase 2h de um show sensacional, com certeza um dos melhores que vimos. Saímos de lá e percebemos que a organização havia melhorado muito – dessa vez a saída não tinha filas, e o caminho que durou 2h na noite anterior foi feito em menos de 1h.



Acordamos no domingo e tinha uma mensagem no celular avisando para não ir para a ilha antes de um pronunciamento que eles fariam devido as condições do tempo. Não acreditamos inicialmente, mas lá pelo meio dia eles avisaram: devido a um alerta de tempestade, o terceiro dia foi cancelado :( Pensa na nossa tristeza de saber que estávamos em NY só para isso, e que perderíamos a sequência de: Cold War Kids, Chet Faker, Chvrches, Courtney Barnett, Two Door Cinema Club e Kanye West.

No final, a tempestade que atingiu NY durou 1h (nós estávamos dentro de uma loja e nem vimos), mas foi suficiente para ventos super fortes que derrubarem árvores, cercas e estruturas do Governors ball. Bom que eles prezaram pela segurança e não passamos por nenhum apuro .


Enfim, esses foram nossos dois dias de Governors Ball. Em linhas gerais, a estrutura pequena (facilitando a assistir shows perto do palco), o jeito que os palcos são desenhados (o que possibilita uma boa visão dos artistas mesmo para quem está bem atrás), o line up em si e a organização de evento foram pontos bem positivos que nos fariam voltar para lá em uma próxima edição. Só achamos que os preços não precisavam ser tão absurdos, e que a média de idade estava bem baixa (muita gente sem a pulseirinha de 21 anos). No balanço, nos divertimos muito, vimos shows sensacionais e valeu muito a pena!! Se você quiser ler mais, confira o guia que fizemos antes do festival.


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Jode Seraphim

Jode Seraphim

Graduação em Marketing (USP); 1 ano de experiência em Marketing Digital na DHL (Alemanha); 12 anos de experiência nas áreas de marketing, mkt digital e trade. Onde encontrar: comemorando os fogos no mainstage

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