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DGTL São Paulo inova em projeto de Sustentabilidade para 2023

Otávio Apovian
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Encapsulando descobertas, inspiração e inovação através da música, da arte, da sustentabilidade e da responsabilidade como pilares fundamentais, o DGTL São Paulo está de volta no dia 18 de novembro, após uma edição inesquecível em 2022. Sendo realizado pela primeira vez no Complexo Canindé, num debut 100% open air, o festival, em parceria com a BE ON Entertainment, reconhece a importância de assumir um papel ativo na promoção da sustentabilidade e da responsabilidade social em todos os aspectos de operação.

Com o tema “a criação de uma cultura de sustentabilidade”, cinco pilares norteiam a essência do festival: circularidade, impacto local, inovação, partilha e legado. Dessa forma, são diversas as ações que abraçam essas causas pautadas em quatro eixos de atuação operacionais: gestão de recursos (água, energia e combustíveis), gerenciamento de resíduos, controle de poluentes e mobilidade verde; e dois eixos de atuação sociais: time de redução de danos e combate ao assédio, apoio a projetos sociais de combate a fome e de fomento da música eletrônica como promoção de qualidade de vida. O DGTL São Paulo pensou em cada um deles para o pré, durante e pós-evento.

Com relação a energia, o festival contará com o uso de energia renovável, com uma mini usina solar de 18kWp, capaz de abastecer parte da demanda da vila dos artistas com seu conjunto de baterias, além de monitorar todo o consumo de energia no festival, num trabalho minucioso para eliminar o desperdício de recursos e materiais. 

O DGTL São Paulo também possui um extenso plano de gerenciamento de resíduos, convidando o público a participar do projeto de reciclagem de resíduos, que abriga estações de reciclagem distribuídas no festival. Todo o material será encaminhado para uma central de triagem no próprio evento, e com o apoio de uma cooperativa local, o processo eficiente de triagem e reciclagem será garantido, dando a destinação adequada para todos os resíduos do evento. A cooperativa ficará com os recursos da venda do material, além do pagamento pela contratação de seus serviços. Com o intuito de incentivar um cuidado especial do público com a circularidade no evento, será adotado o uso de copos reutilizáveis através da campanha #ADOTEESTECOPO para reduzir o desperdício e utilização de plástico. 

Ao falar da alimentação dentro do festival, é garantido um cardápio variado e inclusivo, trazendo opções para as principais dietas restritivas e com uma preocupação na escolha das embalagens a serem entregues ao público, visando diminuir o impacto ambiental. 

Através da utilização de veículos elétricos para o transporte de alguns artistas do line-up, o DGTL São Paulo, inicia um projeto de médio e longo prazo para eliminar as emissões de gases de efeito estufa relacionadas aos deslocamentos terrestres de artistas. As emissões de carbono relacionadas a todas as etapas do evento, sua cadeia de fornecedores, público e artístico, serão inventariadas para posterior compensação em atividades que mesclarão projetos sociais parceiros à ações de educação ambiental.

O público poderá contar ainda com um time de redução de danos e combate ao assédio preparado para dar o suporte nas situações em que necessite, promovendo a pauta de bem estar e tornando o ambiente de festa um lugar seguro e agradável para todos.

Enquanto o DGTL Amsterdã é considerado o primeiro festival 100% circular do mundo, o desafio na edição de São Paulo é reproduzir algumas das ações do evento sede de forma brilhante, mas principalmente sensibilizar e enraizar a criação de uma cultura de sustentabilidade para o público, fazendo com o impacto do evento continue mesmo após sua realização

Com cada vez mais notícias sobre os danos que estão sendo causados no planeta, ter um festival que adota medidas para promover momentos inesquecíveis e que ao mesmo tempo garantem um ato sustentável é um grande exemplo no mercado da música em geral.

Leia também: DGTL São Paulo 2023 | Guia: tudo que você precisa saber

Otávio Apovian

Otávio Apovian

Graduado em Publicidade (ESPM-SP); DJ e produtor musical no projeto Apollorabbit. Onde encontrar: nas pistas mais obscuras e com sons cabeçudos

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