Saiu o IMS Music Business Report 2017, um relatório sobre a indústria da música eletrônica, feito por Kevin Watson, do site Danceonomics.com, divulgado no IMB Ibiza 10 que aconteceu entre 24 e 26 de maio desse ano. Dentre diversas informações sobre o mercado da e-music pelo mundo, vamos destacar as que mais chamaram nossa atenção, voltados para a cena de festivais e clubs.
A diversidade de gêneros de artistas em festivais, um assunto muito comentado no último ano, mostra que no ano de 2016, dentre os 24 festivais estudados, apenas 17% dos artistas eram mulheres. O estudo foi feito pela revista Thump e o destaque positivo foi para o CTM Festival, que acontece em Berlim, com 45% do line-up composto por mulheres.
Nos Estados Unidos, 16% da população foi em uma balada com DJ em 2016, representados principalmente por Millennials. Um número mais expressivo (33%) foi em um festival de música. Já 59% da população foi em algum show com um artista principal. (Fonte: Nielsen Music 360 – 2016 Highlights, Pew Research Center).Os festivais Tomorrowland e Ultra Music Festival usaram eventos parceiros para crescer mundialmente nos últimos cinco anos, através do “Unite” e “Road to Ultra”.
A América Latina apresenta grande crescimento no mercado de música eletrônica, tendo atualmente grandes festivais como EDC, BPM - que infelizmente foi banido de Playa del Carmen -, Beyond Wonderland e WiSH Outdoor no México, Storyland Festival na Colômbia, Ultra no Brasil, e Argentina, além de vários clubs na lista dos melhores do mundo pela DJ Mag. Grandes labels de festas como Ministry of Sound e Pacha foram compradas por empresas com grande aporte financeiro, mostrando alto potencial de crescimento. Além disso, a festa Elrow também ganhou investimento em 2017, com maior presença na Espanha (Ibiza e Barcelona) e UK.
Se analisarmos no IMS Music Business Report 2017 o cenário atual vs 10 anos atrás, apenas três clubs ainda estão no topo da lista da DJ MAG, são eles: Space Ibiza (que fechou ano passado e reabriu como Hï Ibiza), Fabric (Londres) e Pacha (Ibiza). Já os três maiores festivais do mundo (Tomorrwland, Electric Daisy Carnival e Ultra) quintuplicaram de tamanho na última década.
Com essas informações, podemos concluir que investimentos ainda estão sendo feitos no mercado da música eletrônica para que tanto clubs como festivais ofereçam novas experiências, em cada vez mais lugares pelo mundo. Vamos acompanhar e torcer para que nos próximos 10 anos a evolução continue e possamos ter cada vez mais variedade e qualidade nesses eventos. Confira todas as informações do IMS Music Business Report 2017 nesse (em inglês).
Bruna Antero
Pós-Graduação em Engenharia de Marketing (USP); Graduação em Administração (UFPR PR); 13 anos de experiência nas áreas de marketing, trade e vendas. Onde encontrar: em algum palco underground explorando novos artistas e em alguns afters