Entrevista

Entrevista | Kenya20Hz faz o Tomorrowland Brasil tremer

Otávio Apovian
We Go Out

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Entrevista

Escrevendo história no Tomorrowland Brasil 2023, KENYA20HZ fez sua estreia no festival tocando em dois palcos! Abrindo os trabalhos no Beats Stage, na ativação da marca no sábado e botando o palco Tulip abaixo no sábado, a DJ, produtora e artista multidisciplinar bateu um papo muito especial com o We Go Out, logo após a apresentação! Vem conferir!

Você acabou de sair do palco do Tulip! O que você está sentindo? Me conta!

Primeiramente boa noite galera do We Go Out! É, eu sou suspeita pra falar que pra mim hoje o palco Tulip tem a melhor curadoria! Com todo respeito aos outros palcos mas pra linha de som que eu gosto, poder dividir um palco com Indira Paganotto, Hector Oaks, Sara Landry que veio ali depois de mim… Realmente faz muito sentido pro tipo de som que eu escuto em casa, o tipo de som que eu vibro, então estaria lá como público! Com certeza eu vou pra lá daqui a pouco!

Eu não poderia não sentir outra coisa que não fosse a extrema alegria, essa é a sensação.

Assim como quando você foi convidada, a gente viu todas as suas reações. Como você se sente quando é convocada para um festival tão grande como esse?

Ser chamada pra um festival dessa magnitude, porque esse é literalmente o maior festival do mundo, então as comparações ficam um pouco fora. É muito especial estar aqui e principalmente é especial por ser no dia de hoje e nesse palco, que como eu disse, faz muito sentido pra mim. Estar nesse festival em um palco que faz sentido pra mim eu acho que é a conexão, o cenário perfeito pra entregar um trabalho incrível.

Eu acho que tá todo mundo vendo seu nome nos line ups, você brilhando, vamos dizer em todos os grandes agora, mas, talvez as pessoas não saibam como é esse processo, então queria que você contasse um pouquinho de alguns momentos, e como que foi até que você chegou lá e agora estamos te vendo em todas.

Eu literalmente passeei por diversos gêneros musicais até chegar aonde estou agora, e fui sendo observada por por festas especificamente de música eletrônica mais intensa, hard, high bpm, então eu já toquei  eu ainda até hoje toco dubstep, hip hop, música experimental. Então eu pude exercitar a minha capacidade de curadoria em diversos tipos de público pra conseguir, hoje em dia, trazer algo que não é só pra um público. Hoje em dia eu tento apresentar esse estilo de música que eu toco e alcançar o máximo número de pessoas porque quem não conhece Techno, quem não conhece música eletrônica underground mais acelerada, precisa conhecer; e a maneira de que elas possam conhecer é apresentando para elas da maneira certa. Então a minha trajetória passa um pouco por isso. Sou do Rio de Janeiro, e lá é um lugar muito específico musicalmente, e você chegar lá com uma proposta mais noturna, mais dark, é realmente algo audacioso.

Eu vejo você sempre linda, diva, tocando demais e queria saber um pouquinho sobre essa equipe que trabalha com você, com esse suporte, imagino que antes você tinha que fazer muita coisa sozinha, mas agora cê tá com uma galera muito foda! Então como é que é essa equipe e como vocês se dividem? 

O artista independente principalmente o artista underground todos eles podem se identificar no seguinte: é difícil fazer tudo, a gente tem que fazer literalmente tudo. Nós somos o social media, o stylist, o produtor, é tudo, o agente, o manager, mas quando a coisa vai evoluindo não tem como Você fazer o trabalho sozinha né. Sou muito grata de ter pessoas que acreditaram em mim, e que não são de hoje, são desde o começo. O fato de trabalhar sozinha e literalmente fazer todas essas coisas me deu a expertise para saber exatamente o que eu quero. Quando você tem que fazer tudo você literalmente é obrigado a saber fazer tudo então fica um pouco mais fácil comunicar exatamente aquilo que você espera, e graças a Deus todas as pessoas que estão a minha volta agora entregam muito do que eu espero, e eu espero só aumentar minha equipe! Manda currículo! 

KENYA20Hz no palco Beats | Foto: Divulgação

Falando um pouquinho sobre o Hï Ibiza, você imaginou isso em algum momento? E como foi? Superou a expectativa? Me conta um pouco desse dia e de toda a viagem! 

Eu recebi a notícia desse convite com muita alegria né, eu já tinha algumas algumas datas confirmadas na Europa, foi minha primeira turnê, e passar ali por Ibiza foi algo muito significativo pra mim porque todo artista de música eletrônica sabe o que que aquele lugar significa pra cena, pra todos os DJs e produtores ao redor do mundo que um dia sonham em chegar até ali. Não sou muito de chorar, não sou muito de me emocionar, mas preciso dizer que quando eu cheguei em Ibiza, senti uma sensação de muita emoção. Eu passei por Londres também,  que é um lugar que fala comigo de diversas formas, passei por Berlim, mas Ibiza…  é como se tivesse uma sensação de todas essas boas energias que todo mundo ao meu redor jogou pra mim quando souberam que eu ia pra lá eu meio que senti isso de verdade. Ali é um lugar envolto numa magia, e as pessoas realmente vão ali pra pra poder ter experiências únicas. Tocar ali na melhor boate do mundo que é a Hï Ibiza, - eu fechei a pista - é algo que há alguns anos atrás eu não poderia imaginar, mas eu não posso deixar de dizer que eu sempre mentalizei. 

Leia também: Tomorrowland Brasil | Review do festival e nossa mensagem ao People Of Tomorrow


Otávio Apovian

Otávio Apovian

Graduado em Publicidade (ESPM-SP); DJ e produtor musical no projeto Apollorabbit. Onde encontrar: nas pistas mais obscuras e com sons cabeçudos

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