Idealizado pelos mesmos organizadores da TribalTech (que retornará em 2020 com estrutura open air em novo lugar), o SOME Festival chegou impactante em Curitiba: com cara de novidade, mas contando com toda a experiência e o retrospecto de mais de uma década de sucesso de seus produtores. Fruto da junção de esforços dos consagrados clubs de música eletrônica Club Vibe (CWB) e D-Edge (SP), já se podia esperar um evento memorável e com profissionalismo.
O line up trouxe uma mistura relevante de conhecidos DJs internacionais, como Charlotte De Witte, Artbat, Stephan Bodzin, Kolombo, Boo Williams, Hito, Marc Houle e Anthony Rother, e consolidados nomes nacionais, como Gabe, Murphy, Renato Ratier, Blancah e Eli Iwasa.
O local escolhido para o novo projeto já faz parte da rotina nos últimos dois anos - a USINA 5, complexo de galpões revitalizados no bairro Prado Velho, que abrigou, também, as duas últimas edições da TribalTech.
Em tempos instagramáveis, ponto para o festival que estava há alguns meses com uma cabine de espelhos com estrutura iluminada, lembrando um caleidoscópio, que circulou por diversas festas. No evento não foi diferente, a decoração "amarela e preta" virou referência em praticamente todas as fotos de quem compareceu por lá.
Quanto aos quesitos básicos, como organização, estrutura, serviços em geral e distribuição das pistas, tudo funcionou muito bem. Havia uma diversidade de banheiros, food trucks, chapelarias, áreas de descanso e a operação de bar fluiu tranquilamente.
Aproveitamos para convidar alguns amigos e colaboradores do site para contar o que acharam do festival:
“O Some Festival foi festão! A estrutura estava simples, mas bonita, as atrações foram incríveis, para mim. Os destaques da noite foram Charlotte De Witte e Barnt. Apesar de alguns artistas terem tocado cedo, acabou dando para ver um pouco de todos. Acho que os curitibanos estavam com saudades das festas na Usina 5. Me surpreendeu muito e com certeza já estou na ansiedade para o próximo!”, contou Luanna Martins.
Com boa curadoria musical e lineup coerente com o desejo do público, o dia de sábado, 21 de setembro de 2019, começou cedo, ao meio-dia. As atrações revezaram-se entre três palcos, todos cobertos, em um ambiente urbano, imersivo, colorido com muito LED, laser e com potência sonora. Os palcos estavam bem espaçados, garantindo não haver interferência de som, mas também próximos o suficiente para andar de um para o outro sem perder muito tempo.
A entrada já dava para o palco principal, o SOME STAGE, montado no primeiro mega galpão, com ampla estrutura de camarotes (que davam ótima visibilidade do evento, salão de beleza, banheiros e local de descanso com ativação da marca de bebidas Absolut) e bares (destaque para o Bar Aqueces, que é referência de drinks). Quanto à música, o Guilherme Souza deu sua opinião:
“O Stephan Bodzin foi tudo o que eu esperava, nem mais nem menos. Fui mais por causa dele e achei fantástico, as músicas com aqueles rasgos que ele faz eu acho foda! Kolombo cumpriu com o esperado, ou seja, tocou muito e agitou a galera. Artbat fez um set incrível! Foi a maior surpresa pra mim, achei demais mesmo, realmente quebrou tudo e superou todas as expectativas. Com certeza, quando eu souber que virá novamente, não pensarei duas vezes em ir. A Charlotte de Witte foi outra grande surpresa. Já tinha conversado com outras pessoas que tentaram assistí-la e desistiram no meio, mas dessa vez ela quebrou tudo! Foi um set intenso, pesado, rápido! Galera não conseguia ficar parada. Carinha de anjo com dedinhos do capiroto”.
A seguir, no meio da festa, havia mais espaços para descansar e a SOME Store. Particularmente, achei os produtos de muito bom gosto (que leque maravilhoso!), seguindo as cores tendência do street style, o preto com amarelo. Alí e em outros pontos da festa você adquiria o copo reutilizável pelo valor de R$ 5,00, obrigatório para o consumo de bebidas no interior do festival. Isso contribuiu bastante para manter as pistas limpas!
Bem próximo dali, estava o palco VIBE STAGE¸ trazendo referência do clubinho curitibano e local onde se apresentaram o canadense Marc Houle e a japonesa Hito. Ali se encontrava área de descanso, com sofás e puffs, e ativação da marca de bebidas BEEFEATER LONDON para os amantes de drinks diferenciados que levem gin. Ouvi algumas reclamações quanto à equalização do som nesta pista.
Por último, falo do meu palco favorito (não apenas em termos subjetivos, mas também em termos técnicos e de potência sonora), o D-EDGE STAGE, que chegou prometendo esquentar o coração da galera do house music. Abrindo para uma das grandes referências mundiais do estilo, o americano Boo Williams, a curadoria não poderia ter escolhido nome mais gabaritado que nossa prata da casa, Kaká Franco. Em seguida, o DJ de Chicago mostrou em 2 horas um set dinâmico, divertido, com amplo repertório e técnica de mixagem.
Os destaques da festa, para mim, foram a lenda do house Boo Williams, o brasileiro DJ Murphy, que encerrou a pista em um set intenso e poderoso, e, principalmente, o prolífico produtor, visionário e pioneiro do eletro, Anthony Rother. Sua apresentação, que sempre traz batidas com tons futuristas, alternou sucessos autorais, como a clássica “Father”, com remixes de grandes clássicos, como “Boing Boom Tschak” do influente grupo alemão Kraftwerk.
Ao final, para os que ainda tiveram fôlego, a festa continuou com o after oficial no Club Vibe, com os artistas Marc Houle e a japonesa Hito. Tive um dia incrível com excelentes apresentações, encontros e amigos. O SOME chegou deixando uma ótima impressão e aquela vontade de quero mais, de vê-lo crescer e oportunizar ainda mais experiências artísticas e criativas. Que tenha vindo para durar!
Texto por: Carla Kons
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Redação We Go Out
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